Compartilhando até dos porquês que nem eu entendo.


Compartilhando os porquês que nem eu entendo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

motorcycles, freedom, love.

Ela sentia o vento jogar seu cabelo para trás, e toda aquela adrenalina percorrendo seu corpo. Em parte por estar andando de moto a toda velocidade, em parte porque estava com ele. Segurava –se nele com firmeza, a cabeça apoiada em seus ombros, e na sua imaginação aquilo merecia até trilha sonora, mas a trilha sonora ideal era aquela, o som o vento chicotear, e do riso deles se misturando. Não precisavam pensar no antes, nem no depois. O mundo era só deles, mesmo que por um instante. De repente ela pensou que poderia ficar nessa cena para sempre.
- Um doce pelos seus pensamentos. – E, então ele deu aquele sorriso, não havia outra descrição. Era o sorrido mais adorável e sexy do mundo.
- Você sabe o quanto essa frase é cafona e antiquada? – e fez uma careta antes de sorrir.
- Sei, eu estou sendo divertido. Haha E, até onde eu sei você gosta de coisas antiquadas.
- É, acho que você está certo. Mas, ainda assim, um doce é muito pouco...
- Chocolate? – e dizendo isso ele arqueou a sobrancelha, parecia que ele sabia que ela não resistia aquilo. Ele deveria saber, ás vezes ele tinha aquela mania irritante de parecer ler seus pensamentos. Ás vezes, ela gostava de está no controle também.
- Garoto esperto. Só teria sido mais se soubesse que o fato de você está usando essa jaqueta e me levando para nessa moto já não tivesse me convencido.
- Ah, eu claro que eu sabia. Porém, sou um cara legal. E, esperto para perceber que você está me enrolando. Fala logo.
- Bem, eu só estava pensando que queria ter dado pausa nessa cena. A gente na moto e tudo mais. E, você, no que pensava?  – e ela ruborizou, ela odiava quando isso acontecia, porém ela sabia que ele adorava. De certa forma acaba sendo meio irresistível para ele.
- Estava pensando em como eu tentei me convencer de que não me apaixonaria por você. Usei isso como desculpa para continuar próximo de você mantendo a guarda alta.
- Bem, fico feliz que seu plano não tenha dado certo.
- Eu também.
Eles não precisavam falar mais nada, eles já sabiam tudo, eles não precisavam pensar em mais nada. O mundo se resumia ao presente, á eles.
            Beijo,G.




quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Não porque nem sempre.

Não, porque nem sempre as coisas saem do jeito que queremos, nem sempre a vida é justa. O Pierrot sofre pela Colombina, e a Ana Júlia vai ficar com aquele cara que não a merece, enquanto você terá um espinho no seu coração. Você vai reclamar em como a vida pode ser tão injusta, e perguntar se sua sina é sofrer com ilusões, e novamente reclamar da Colombina ficar com Arlequim, e reclamar de toda aquela brincadeira de mal me quer. Então você se sente realmente um cara estranho, sem achar seu lugar no mundo, sem achar seu lugar dentro de si, se sente deslocado e cheio de dúvidas, questionamentos sem respostas. Mas, você põe um sorriso no rosto e fingi que tá tudo bem para o resto do mundo. Você pensa em se fechar, porque não é fácil ser sentimental, e quem é mais sentimental do que eu? Porém ás vezes o mundo não te permite ser assim, então você volta a se esconder. Não dá pra você se esconder, a fragilidade faz parte de quem ainda tem um coração, de quem não se tornou um robô ou a rainha do gelo. No fim, todos ainda querem sentimento, no fim todos são sentimentais, e isso é o que aflora a humanidade de cada um, e isso é bom. A primavera chega, um dia ela chega, e você se vê dançando ao som do saxofone, e tá tudo bem, você vê a linda rosa nascendo e sabe que algo bom vai nascer também. Porque a vida é assim, depois da tempestade vem a bonança. Você só tem que ter esperança e a certeza do amor, a certeza de que a primavera virá. Então você vai dá aquele beijo de cinema americano, e a Colombina vai ficar com o Pierrot, e a Ana Júlia vai aceitar o seu amor, e você não mais dançará só ao som do saxofone. Então, até quem te ver na fila do pão vai saber que vocês se encontraram, finalmente vocês se encontraram, na hora que tinha que ser, do jeito que tinha que ser, do jeito que você merecia.
                        Beijo,G.






sábado, 27 de outubro de 2012

Um dia.

Dizem por ai que criança é o que existe de mais puro no mundo, de mais doce, de mais lindo. Eu fico meio sem saber como agir perto delas, talvez por isso mesmo, porque elas são o que são, sem fingimento, falam o que pensam, não precisam se preocupar em mentir, nem em fazer papel de bobas. Autenticidade. E, então eu resolvo achar legal o fato delas gostarem de mim. Mas, eu cheguei á esse pensamento ao ver como o mundo pode modificar as pessoas. Sei lá, vocês sabem o que o Naturalismo diz ‘o meio modifica o homem’, ou algo do tipo.  A vida vem e te mostra toda aquela realidade crua, o mundo vem e te engole, te modifica, e nem sempre para melhor. Não é fácil se manter ali, lutando para continuar sendo quem você é, ou quem você quer ser, lutando para não perder seus ideais. Sim, a vida vem e te decepciona, e várias vezes você não tem o que merece, você acha tudo tão injusto, não era isso que você esperava quando era mais novo. O mundo vem e quer arrancar seus sonhos, e diz que tudo é bobagem, e que você não vai conseguir. Então você se perde, se afasta de quem você é achando que deve ser outra pessoa, perde sua sensibilidade porque ser sensível dói. Então num piscar de olhos você é um cético, sem sonhos, sem essência, sem sensibilidade, sem nada, e mesmo assim tenta se convencer de que é forte, de que sobreviveu ao nosso mundo. Sinto muito em lhe informar, amigo, mas você não é. Ser forte é no meio de tudo isso não deixar o mundo te engolir, não te mudar. É achar um jeito de crescer em meio á todos os espinhos, de ainda conseguir ver as flores, e que se dane a metáfora cafona. Ser forte meu amigo é permanecer ali, forte, tendo orgulho de manter sua sensibilidade, é ser autentico, é não trair sua essência, seus ideais. Ser forte é continuar sonhando, é continuar tendo fome de tudo que te faz bem. Não se modifique, continue forte, um dia, um dia isso vale é pena...
                   Beijo,G.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

10 motivos para assistir American Horror Story.

1) Poucas séries de horror fazem sucesso e permeiam entre as favoritas, aliás, há poucas séries de horror, a mais conhecida é Supernatural e The Walking Dead que também está fazendo muito sucesso, embora eu não a classifique propriamente como terror. Portanto ter um série de tanto sucesso como American Horror Story  é uma benção para quem curte o gênero.

2)A série se diferencia de outras por em cada temporada contar uma história de terror diferente, uma espécie de lendas urbanas, é bem inovador.

3) O elenco garantiu uma atuação brilhante na primeira temporada, pelo menos grande parte do elenco. Haha Tate. Risos


4) Adam Levine na segunda temporada. Quem sabe ele canta em algum episódio, né? #sonho.


5) A história segue um ritmo que te envolve na atmosfera, não é óbvia, e essa falta de obviedade anda em falta no gênero do horror, me alegra como são surpreendentes os episódios de AHS.
Portanto ter um série de tanto sucesso como American Horror Story  é uma benção para quem curte o gênero.

6) É produzida por Ryan Murphy, preciso dizer mais algo?


7) Claro que o foco da série é no horror, porém há também um bom suspense, e não, não é a mesma coisa, horror sem suspense é bobo. E, na primeira temporada teve um romance bonitinho, e eu ainda me divirto. Quem disse que séries de horror não podem ser engraçadas? Viva o humor negro!

8) A segunda temporada já estreou com tudo, ou seja, se você ainda não assistiu corre! Adam Levine está lindíssimo, já falei dele, né? Risos

9) Para você que está namorando, ficando, ou seja lá qual for a definição moderna que queira usar haha, é uma boa pedida para ver com o namorado, ficar abraçadinho naquele momento de tensão. Ou, se o ele que for o medroso também não tem problema, o importante é a ideia.




10) É uma boa pedida pra variar um pouco, eu nunca recomendei nenhuma série de horror aqui, até pelo déficit, então enjoy.


                    Beijo,G.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sem título de postagem.

Quis entrar naquele oceano tão azul, não mergulhar, entrar de verdade. Ficar lá. Tudo parecia tão tranquilo e cor de zafira. É que pensar ás vezes cansa. E, de vez em quando você quer ser outra pessoa, é que a sensação de ficar presa na mesmice ás vezes cansa, engraçado que ás vezes é tudo que você quer. Mas, hoje eu não quis viver aquele dia repetidamente, quis pintar o cabelo e sair de vespa por ai, esse ai é longe daqui. Outro lugar, outro que eu sinta mais ser meu. Outro lugar, com tudo aquilo pra ser explorado, viver dias nos quais você acorda e vai em buscar do que você nem sabe o quê. Abrir os olhos e não saber o que vai acontecer, acordar para um dia repleto de possibilidades de aventuras excitantes, acho que é isso que me faz querer tanto viajar por ai, mudar um pouco quem eu sou, só por uns dias não seguir os planos. Seguir os planos sempre é chato. Preciso não seguir, preciso ter expectativas para o novo de vez em quando. Não me levem a mal, não sou ingrata, nem nada, mas têm dias que você precisa ficar longe até do que mais ama, até do seu próprio eu, para descobrir os outros. Você tem que descobrir os outros mundos que estão por aí, para saber quais lhe pertencem, e quais nunca foram seus. Então eu fui forçada a sair do oceano azul, mas depois eu voltaria, tinha dias que eu só pertencia a aquele lugar.

                Beijo,G.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

to sir, with love.

Sabe o que é bonito? Em um país onde o professor é tão desrespeitado, desde os salários baixos até agressões físicas, feita por aqueles que se acham os donos da verdade já que estão no poder, é uma das profissões mais lembradas, quando chega dia quinze de Outubro todo mundo resolve prestar homenagens nas redes sociais, agradecendo tudo que seus professores fizeram e fazem. Isso é importante, sabe? No meio de toda essa luta, ainda há admiração, respeito, amor. Uma das maiores revoltas que eu tenho, e sei que essa não é só minha, foi a surra – sim, SURRA- que os professores levaram por lutarem por seus direitos. E, apesar da inércia por parte dos poderosos, nós nos revoltamos, nós ainda podemos lutar, não só dia quinze de Outubro, mas todo dia, porque todo dia é dia do professor. Todo dia é dia de ensinar, desde gramática, ao corrigir os erros do Português – já que a Sociolinguística não conta no sistema- á lições sobre respeito, confiança, amizade. Sim, amizade, porque é isso que meus professores foram e são para mim, amigos incríveis. E, é isso que eu quero ser para os meus alunos, e se eu tenho tanto medo ás vezes de não ser boa o bastante, de não ser o bastante, é porque eu tive exemplos incríveis, e não sei como fazer jus á eles. Ser professor é uma escolha incrível, e você tem que honrá-la, vencer tabus, afinal quem essa sociedade acha que é sem o professor? NADA. N A D A. Eu só tenho que agradecer á vocês, por tudo, por terem uma parte importantíssima na pessoa que eu me tornei, e que venho me tornando, agradecer por não desistirem, agradecer pelo o me ensinaram, por todas as vivências. Também quero dizer que admiro meus amigos e futuros professores, admiro a coragem, a determinação, admiro os professores que eu sei que serão. E, espero que eu seja quem eu devo realmente ser, espero honrá-los, espero poder fazer por outros o que fizeram por mim. Obrigada, feliz dia 15 de Outubro, feliz todo dia.
                        Beijo,G.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A Aurora que vive aqui.

Ela ouvia histórias sobre princesas e happy end quando era criança, e resolveu acreditar nelas durante a sua vida, ás vezes parecia doce ilusão, mas ás vezes parecia que tudo se encaixava para isso, e mesmo quando não se encaixava, na maioria das vezes ela preferia acreditar. E, agora aqui estava lá as lendo para Aurora. Para ela era a criança mais linda do mundo, e parecia mesmo a princesa dos contos de fada, com a cabeleira loira tão grande que parecia maior do que ela, tão pequena naquele vestido enorme, todo rosa, olhando-a com olhos enormes e brilhantes, era uma das cenas mais lindas que já havia visto. Ela havia dito que eu era a Branca de Neve, e ela a Aurora, claro, e me questionava sobre várias coisas.
- Eu quero que você me conte outra história!
- Ok, só mais uma tá? Você ainda tem que dormi. Branca de Neve e Bela Adormecida já foram, tem Cinderela, Rapunzel...
- Não, eu queria que você me contasse uma história real, tia...
- Como, Aurora?
- Eu realmente amoo contos de fada, mas são histórias, eu queria uma história assim só que real, sabe tia?
De repente me vi presa naquele questionamento, o que dizer? Não podia dizer que eram só histórias, tinha que contar algo, verdadeiro e lindo. Afinal, se não contasse ela poderia deixar de acreditar, e isso eu nunca ia de querer! Porém, também não podia mentir, então pensei...Já sabia o que fazer, eu ia contar minha história, ou até a parte dela que já fora escrita. Quando terminei, ela ficou um tempo me olhando com aqueles olhos enormes e questionadores, e eu fiquei nervosa, até que ela disse:
- Nossa tia! Isso tudo é verdade?
- Sim, você não gostou?
- Gostei, ué, é só que é diferente, eu gostei. Gostei dos seus amigos, do super herói que é o líder! E, da fada também!
- Fico feliz que você gostou deles, eu os amo. – Eu sorri sabia de quem exatamente ela falava.
- E, o anjo! Adorei o anjo. E a rainha...
- Rainha?
- Sim, sua mãe, tia. Ué, você é a princesa.
- Sou? Por que você acha isso?
- Tia, eu só sei, reconheço uma princesa de longe, e agora eu sei mais do que nunca.
Estava realmente emocionada, se um serzinho daquele achava tudo aquilo de mim, como eu não iria me sentir maravilhosa?
- Tia, posso perguntar mais uma coisa?
- O que você quiser, minha princesa!
- E, o príncipe?
- Bem, eu não sei, ainda estou descobrindo quem é...
- Eu tenho minha ideia! Mas, não vou contar, escreverei no final do meu livro, e ai quando você estiver mesmo com ele te mostro.
- Tá certo, mas acho que você vai acertar.
- Por quê?
- Ué, você disse que reconhece uma princesa de longe não é? Então deve reconhecer o príncipe também.
- Verdade.
Então ela sorriu, bocejou, e dormiu. Ela estava certa. Ela era a prova de que o mundo pode ser bom e bonito, ela era a prova de que podemos e devemos crer em tudo.

                         Beijo,G.





domingo, 7 de outubro de 2012

A minha forma de gritar.

Hoje eu acordei e vi um sol bonito, eu tinha esperança, e sorri. Quando olhei a foto do Renato, sorri e confirmei, nunca havia me sentido tão grata por tê-lo ali. Eu esperei, com um nervosismo aqui dentro, eu vi toda aquela juventude, a minha juventude, unida nas redes sociais, esperançosas, acreditando, tal qual eu. Eu acreditei, e continuei esperando. Mas, a realidade veio a minha porta, as nossas. Ela nem bateu, arrombou, com todos esses fogos que mais parece uma macha fúnebre pra mim.
Eu sempre revidei com a política, mas sempre lutei pelo meu direito de votar, votei quando não era obrigada. Mas, agora, foi pra valer, eu senti a certeza estampada nos meus olhos. Eu nem sou a pessoa mais engajada do mundo, faço o que posso, (ou será que posso fazer mais?), e isso era o mínimo a ser feito. Mas, acho que a sociedade não entende. Eu sinto uma raiva crescente, se misturando com indignação, horror...então vem aquela inércia. Não posso fazer mais nada? Eu quero gritar! Deixo pra fazer isso em uma folha de papel, mas não passa. Eu vi a esperança, eu vi o sol nascer, mas me tiraram isso. A ignorância das pessoas é nosso mau, pagamos pelo o que fizeram com elas. Talvez nem elas tenham tanta culpa assim, olhe o que fizeram com elas. E, novamente farão. Estou de luto hoje. Hoje meu sonho morreu. E, o de vocês também. Amanhã iremos levantar a cabeça, ter orgulho do que fizemos, ter orgulho de existir um cara como Renato Roseno, e continuar a acreditar, um dia, um dia vai ser O dia. Mas, vamos fazer isso amanhã. Hoje eu fico com nosso luto. 

                           Beijo, G.

sábado, 6 de outubro de 2012


Juro pra vocês como eu ainda descubro qual é a mágica da casa da minha tia Renata que faz a gente nunca mais querer sair de lá.
Na varanda dela sempre tem vento e no jardim dela sempre tem flores brancas. Na boca dela sempre tem um sorriso e um caso gostoso pra contar. E também tem uns beijinhos de mãe e um cheiro que ela dá no cangote da gente que faz arrepiar e dar risadinha.
Tem barulho de mãe na cozinha e de filha fazendo bagunça no quarto. Tem barulho de corpo caindo na água com roupa e tudo. Aliás, é bastante aconselhável que, ao chegar na casa da tia Renata, você:
1. Sempre tenha uma toalha e roupas extras. Vão te jogar na piscina não importa que desculpa você dê. Mas a risada sonora da dona da casa faz o transtorno todo valer a pena.
2. Nunca pergunte que horas são. A resposta sempre vai ser: "É hora de você sentar aí e ficar mais um pouquinho."
3. Se você precisar sair às duas da tarde, chegue às nove da manhã. Comece a se despedir e avisar que vai embora às dez e meia. Então, às duas em ponto, ela deixará você ir.
4. Se ela te oferecer comida, aceite.
5. Não guarde o celular ou objetos frágeis no bolso. Quando você menos esperar, ela vai te surpreender com um ataque de cócegas que vai te derrubar na grama e te fazer ficar com cheiro de terra o dia inteiro.
6. Por fim, mantenha-se concentrado e se esforce para não se deixar encantar pela atmosfera doce do lugar. Você, fatalmente, será amado pelos moradores da casa e eles vão fazer de tudo para mantê-lo lá dentro.

O próximo nascer do sol.

A sexta dela parecia que ia ser uma droga, mas num piscar de olhos, em uma daquelas reviravoltas da vida, tudo mudou, coisas simples mesmo, e daí que não foi, e daí que ela ficou muito feliz, e daí que seus olhos brilhavam para quem quisesse ver.
Isso é o barato da vida, quando você menos espera...BUM! Vem algo que te faz sorrir. E, você ai reclamando, não reclama não, o mau passa, e o bem surpreende. Você tem que agradecer a Deus até pelo o que ainda não veio, porque tem algo lá planejado para você. Talvez seja verdade, talvez haja justiça, talvez as pessoas tenham o que mereçam, na hora certa, na sua hora. E, toda vez que você pensar em baixar a cabeça, não baixe! Lembre- se do que eu sinto agora. Fé renovada, brilho nos olhos. A vida é mesmo assim, e você tem que saber que nem sempre tem o controle dela, e deve aproveitar quando não. Mas, quando não tiver, apenas deixe viver.
Tá vendo o horizonte ali na frente? É repleto de possibilidades, basta você querer, acreditar. Saber que o dia ruim acaba, então vem o nascer do sol, e com ele nasce tudo. Acorde com isso na cabeça: ‘hoje o dia vai ser ótimo. Hoje algo inesperadamente bom pode acontecer’. O bom é isso, sabe? Sempre acreditar que tem algo bom vindo por ai, depois da tempestade sempre vem o arco-íris, e tudo se resolve um dia se você deixar, se você quiser. Faça sua vida ser, seja sua vida. Saiba que tem sempre um próximo arco-íris, um próximo nascer do sol. 
               Beijo,G.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Não sou a única, e o mundo sabe.

Eu li um texto muito inspirador em um blog, texto que gente parecida comigo escreve, e então me inspirei. E, é disso que eu gosto nas leituras, elas me inspiram, me fazem crer, talvez porque grande parte das pessoas que escrevam façam parte do meu time. O time dos sonhadores, dos que ainda escolhem acreditar em meio á um mundo tão perdido, nós ainda vemos a luz, ela tá lá brilhando, ás vezes mais fraca, ás vezes mais forte. Eu sou o ‘tipo’ de pessoa que sempre vai tentar imitar a literatura, as histórias de cinema, com um beijo incrível antes do ‘the end’.  Ás vezes as pessoas falam que eu sonho demais, já me perguntaram o porquê de eu achar que minha vida é um seriado, e também já me falaram que pode ser melhor parar de ver todas essas coisas que te fazem querer algo que no momento você não tem. Olha, eu já pensei em tudo isso, já pensei que se eu fosse mais cética criaria menos expectativas, voaria mais, e assim cairia menos, já disse que tenho problemas com altura. Mas, eu não quero, sabe? Foda-se o mundo com seu ceticismo, eu quero é sonhar. Qual a graça de viver sem crer que eu vou ser tudo que quero ser? Que eu vou ter o que quero ter? Que eu vou dá a volta ao mundo?  Que irei mudar o mundo? Como é que eu viverei sem achar que vou ficar com o amor da minha vida? Desculpe-me mundo, mas se for assim prefiro nem tentar viver, pois eu sei que no dia que roubarem meus sonhos terão roubado a minha alma, e não há como viver sem alma há? Vejo pessoas por ai o tempo todo sem sonhos, as almas parecem vagar longe dos corpos, como se vive assim? Me chamem de tola, do que quiser, é quem eu sou, e sei que estou certa, sei disso a maior parte do tempo. Me faz não desistir, me faz levantar quando tudo dá errado, me faz crer que faz tudo parte do meu show, tudo caminha em direção ao meu destino, aos meus sonhos, a minha essência. Vocês podem me chamar de louca sonhadora, mas eu não sou a única, e John sabe disso.
                         Beijo,G. 

domingo, 30 de setembro de 2012

Hart of Dixie.

Dez motivos para assistir Hart of Dixie.
1)      Rachel Bilson. Sim, nossa Summer volta mais linda do que nunca para abrilhantar Hart of Dixie como a protagonista Zoe.
2)      Uma das coisas que me chama atenção na série é a ‘normalidade’ que ela tem, sem magia, sem pessoas exageradamente ricas e ‘perfeitas’, e isso trás uma identificação com o público. Digo, você pode se identificar com os problemas no trabalho como Zoe, ou nos amorosos. A série mostra um cotidiano bem plausível da realidade, mas não de um jeito chato, longe disso.
3)      Hart of Dixie é definitivamente uma das séries mais divertidas das atuais, sério. Eu super me divirto assistindo-a, e quem não gosta de uma série divertida não, é?
4)      Os personagens são incríveis, eles têm algo tão autêntico, são muito cativantes. E, a atuação do elenco condiz com isso.
5)      O enredo da série é bem dirigido, e te prende, mesmo sem acontecimentos mirabolantes, o que é legal, pois a história é ‘limpa’ e te prende mesmo assim. Com a dose certa de drama, romance, e como já havia dito, muito humor.
6)      A série tem algum fator X, eu não sei explicar o que, só sei que tem algo de muito especial nela.
7)      A forma como a primeira temporada terminou deixou um gosto ENORME de quero mais, e a segunda temporada super promete.
8)      Hart of Dixie tem um bom retorno no EUA, e todos sabem como  é difícil séries se fixaram com glória na primeira temporada. Ou seja, tem um motivo para isso, não é? (ou vários)
9)      É o tipo de série que atinge todo tipo de público, jovem, adulto, homens, mulheres  ou seja, não tem aquela velha desculpinha de ser série de mulherzinha, ou de ser boba, ou sabe-se lá qual outro estereótipo resolvem usar.
10)  E, claro, para massagear um pouco da blogueira que vos escreve, eu recomendo, e se eu recomendo é porque vale á pena. Haha =P
11)  WADE. (L)
                          Beijo,G.





quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Porque definições não definem.

Odeio procurar palavras no dicionário, em parte porque sempre achei um saco, me dava uma preguiça enorme. Agora vejo que não é só isso, os significados que estão lá aprecem tão pouco, a relação significado – significante é tão mais do que uma simples definição.
Olhei o significado de saudade –‘Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas.’ Pensei: É só isso? Não é, não pode ser. Essa definição não era o suficiente para explicar o que eu senti ao ver aquele vídeo do meu colégio, nunca ex,, eu ri, fiz piada, mas na verdade senti lágrimas brotarem. Aquilo tudo foi minha vida por tanto tempo, eu ainda lembro de quando o odiava no começo...E, agora eu só tenho minhas lembranças. Claro que sempre que posso vou lá, e sei que ainda é meu lugar, sempre será de alguma forma, mas nunca como antes, da maneira que foi. Dentro do de mim eu vejo tudo, como em um filme que acabou, e por mais que as reprises venham na minha cabeça, são só reprises. O que pareceu me resumir durante tanto tempo, infância, pré-adolescência, adolescência, e agora, eu, eu e minha essência. Eu mudei, mas ainda sou a mesma. E, aquele lugar é meu, só que acabou do jeito que era. As aulas, chatas ou não, até das chatas sinto falta! Os meus amigos, ainda sinto dor quando penso em nunca mais vê-los diariamente. E, os meus professores? Eles que tanto me inspiraram, ainda me vejo sendo colega de trabalho deles, imaginem só, está lá de novo, fazendo o que fizeram por mim.
Eu sei que nunca nada mais era o mesmo, e isso dói. Mas, também sei que ‘nada vai mudar o que ficou’, e nada mesmo vai mudar, está tudo aqui comigo, fazendo parte para sempre de quem eu sou. E, depois de ter falado tudo isso sobre saudade, amor, ainda sei que é pouco. Definições não definem.
                               Beijo,G. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Então, no que é?

No que você está pensando quando fica calado olhando para o nada? No que pensa quando escuta sua música favorita? E, quando faz sua trajetória diária, olhando pela janela do ônibus? Eu penso em tudo, nunca consigo não pensar, chega até a ser meio cansativo. Sempre estou pensando em algo, até que o cansaço bate e eu durmo de vez.
Você também pensa nos seus sonhos? E fica imaginando como eles vão acontecer, apesar de sabermos que raramente as coisas acontecem como planejamos, e no fundo também sabemos que isso é bom.
Em quem você pensa? Há tanta gente que me ronda, quem é, quem foi até, talvez. Sempre penso muito nos meus amigos, é só que eles são muito quem eu sou, eles me formam, estão entranhados em mim.
 Lembrei agora de que ás vezes quando eu passo de carro pelos lugares, distraída com meus fones de ouvido, em meio aos devaneios, penso nas pessoas, passo por casas, prédios, e imaginando quem mora lá, como é sua vida, fico olhando as pessoas passando e pensando em como é a vida de cada um. Me vendo em cada lugar diferente, em cada vida. Você já fez isso?
Hoje eu relembrei o passado, a Letícia lembrava de coisas das quais nem eu lembrava mais, e eu de coisas que ela não lembrava. Uma vez eu subi na cortina do meu quarto e a derrubei. Engraçado, parece algo tão meu, mas tão longe. É verdade, não é? Cada momento, por mais bobo que possa parecer, é único, nunca vai voltar. Não gosto de pensar nisso, talvez porque eu me apegue demais ao passado, o futuro pode ser excitante, mas também assustador.
 Hoje eu vi também como as vidas se cruzam, mas são diferentes, e eu tenho tanto a agradecer, e nem sempre lembro, começando pela mãe que eu tenho. É, eu tenho que agradecer, mas mesmo assim ainda me vejo perdida em tantos sonhos que fico querendo alcançar, com todo meu desejo, como todo meu eu. E, assim eu me perco, no mundo, no meu mundo, e no dos outros também. Será que você também estava pensando nisso? Você se perde em devaneios também?
                                  Beijo,G. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Página no Facebook!




Olá, gente. Então para facilitar nossa interação e a divulgação do blog criei essa pa´gina no face, ok? Todos curtindo e interagindo!
                         
 http://www.facebook.com/OMeuMundoCultural

   Beijo,G.

O verão que mudou minha vida – Jenny Han.


Belly está no auge da sua adolescência, e finalmente o verão chegou, a melhor época do ano, a melhor tradição – passar o verão na casa de praia de Susannah, a melhor amiga de sua mãe, e uma das pessoas que Belly mais ama, além dos seus dois filhos, e garotos da sua vida: Jeremiah, o melhor amigo e Conrad, a paixão (não tão) secreta – mas, nesse verão as coisas serão diferentes, de todas as formas possíveis.
Bem, “O verão que mudou minha vida” me encantou bastante, os personagens são cativantes, a forma como Belly narra a história te faz se sentir lá, naquele verão maravilhoso, verão que muitas de nós já tivemos ou sonhamos em ter. Imaginem só um livro que reúne toda aquela sensação de férias, de novidades, festas, não tem como não se inserir nesse cenário. Mas, não é só de diversão que se faz um verão emocionante, amizade, romances, relações familiares também mostram sua importância. O livro vai te fazer rir, arfar com o vai e vem da vida amorosa de Belly, e se emocionar, pois diferente do que ocorre com boa parte dos livros, o foco de tudo é na amizade, e isso super me emocionou.
É engraçado porque há algo de nostálgico nele, talvez por ser sobre uma fase que conhecemos e vivemos bem, talvez pelo final do livro. Este é leve, não é cheio de mistérios e aventuras, mas essa simplicidade é o que justamente o torna especial, é algo real, seu, sabe? E, por trás de tanta leveza há algo bem importante, de alguma forma você se identificará e me entenderá. Há, outro detalhe, afinal os detalhes que estão por trás das coisas importantes, o livro é cheio de flashbacks de outros verões de Belly, quando mais nova, e esses flashs dão um toque muito especial, te faz entender melhor Belly e tudo o que se passa na sua vida. Enfim, eu super recomendo, é uma leitura gostosa e especial.
                      Beijo,G. 

sábado, 22 de setembro de 2012

Pela janela da nostalgia.

Sabe aqueles dias nos quais o passado te invade? Pois é, ele vem assim do nada, quando você percebe se pega pensando nas coisas que já viveu, nas pessoas. Você meio que abre a caixa, e depois que abre todo aquele sentimento te invade, tão perto, tão longe. Eu ainda lembro de como eu achava que nada mudava, que tudo era para sempre. Todas as pessoas, todos os momentos. Mas, não é. Não que eu tenha me tornado cética, longe disso. Mas, agora eu sei que o ‘pra sempre’ não vale para todos, sim, é válido para alguns, mas outros simplesmente se vão, com ou sem motivo, por algum motivo que eu ainda tento entender. ‘É a vida’, vocês dizem, certo? A vida pode ser bonita, mas também pode ser cruel. É meio irônico que eu goste de novidades, odeio está sempre no mesmo lugar, na monotonia, mas tenha medo de mudanças. Perto de sair do colégio eu tinha tanto medo de enfrentar o mundo lá fora, de não ser boa o suficiente, forte o suficiente, ás vezes eu ainda tenho. Deixar meus amigos, ser deixado por tudo que faz parte de mim, mas o que faz parte de você não te deixa, de um jeito ou de outro. A faculdade é bem diferente do colégio, me diziam. Lá eu encontrei abrigo, me encontrei, e aprendi a ser forte, fui testada, a vida vai te obrigando a crescer, é bom, mas não é fácil. Fico aqui com saudade do que não vai voltar, eu ainda sinto aquele aperto, mas eu também penso no que ainda vai vir. Agora o mais importante de tudo é pensar no que eu tenho. Porque sabe como é né, a vida é meio maluca, nunca se sabe o que vai acontecer ao virar a próxima esquina. Eu sempre senti demais em tudo, isso nunca muda. Eu sinto pelo o que deixou de ser, e pelo o que é, pelo o que será. Dizem que você tem que perder algo pra ganhar coisas novas, tem que deixar ir o que não é pra permanecer, mas não deixa de doer por isso. Porém, ao olha a linha tênue do horizonte, passado, presente e futuro se misturando, e você se perguntando se ainda é quem você era, se é quem gostaria de ser, se perguntando se está com quem você deseja está, ninguém que está sozinho. Está só é doloroso. Acho que independente de onde a vida te leva, se você tá com quem deve está vai dá tudo certo. O passado vai, mas fica. O presente é vida. E, o futuro, bem, você tem que fazê-lo ser, e esperar da vida o resto. 
                        Beijo,G.

domingo, 16 de setembro de 2012

The Oc.

Dez motivos para você assistir The Oc

1) Sim, a série acabou já faz tempo. E, o fato de eu ainda amá-la e está postando sobre esta aqui é um dos motivos. Afinal, a série acabou em 2007, e cinco anos depois aqui estou eu dizendo que vale á pena assistir, pra quem nunca assistiu, pra quem já assistiu e sente falta. Aliás, tem como não sentir?

2)  The Oc tem uma história incrível, que te emociona, e te faz rir muito (viva o senso de humor Seth Cohen. <3), repleta de reviravoltas que vão te deixar maluco!


3) Os personagens são incríveis, e a forma como eles vão se desenrolando, crescendo ou até mesmo se perdendo, é incrível, não tem como não ser cativado.

     4)   Os casais são lindos e apaixonantes, e todo mundo gosta de um bom romance, ou bons romances, no caso. Mas, o principal não é isso, é a amizade, nosso quarteto favorito tem uma bela história de amizade, e sabemos que amizade é uma das coisas mais importantes que temos no mundo.

     5) A trilha sonora! Quantas músicas incríveis já descobri por conta de The Oc? Emocionando-me com Hallelujah, ou com Dice, ou cantando CALIFORNIAAAAAA HERE COME.

     6) As cenas mais incríveis de beijo. Afinal, tem como não querer imitar nossos lindos Summer e Seth fazendo o spider-man Kiss? Ou, o primeiro beijo de Marissa e Ryan na roda gigante? <3 Me chamem de boba sentimental mas essas cenas sempre mexeram com meu coração. Haha

      7)   É surpreendente, até demais. (Vocês que já assistiram sabem do que estou falando). E, só é bom quando é assim, não é? Cheio de surpresas, querendo te fazer saber o que vai acontecer, vibrar quando acontece, ou não.

      8)  Não, The Oc não é uma série de riquinhos mimados. Esta te faz aprender, e muito. Sobre amizade, amor, problemas com os pais, problemas com o que a sociedade quer te impor, problemas ao usar álcool e drogas pra fugir dos problemas, adaptação á uma nova vida, fuga de uma vida fadada ao fracasso, você tem que ter esperança, tem que saber reconstruir sua vida, mesmo quando ela parece desabar. The Oc é mais, é muito mais.

      9)  Essa série é um marco nas gerações, é cultura pop. Sério que vocês acham que isso não tem um motivo especial?

     10)   Eu amo, eu recomendo, logo vocês sabem que há um ótimo porquê pra isso, um fator X.

                Beijo,G.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

words, letters,letter.

Charles,
Estou lhe escrevendo porque há coisas que você precisa saber, sobre ela. Preciso te alertar caso queira entrar nessa, nela. Há coisas que você precisa saber caso queira correr o risco, porque não deixarei mais que ninguém que não a entenda a faça crer no contrário.
Você tem que saber que ela não sabe o que é meio termo, ela é intensa, não sabe sentir pela metade, por isso a maioria das coisas tem um peso duplo pra ela, o bom e o ruim. Ela é determinada, e cheia de sonhos ambiciosos, você tem que encorajá-la, apoiá-la, tem que lembrar de vez em quando de como tem orgulho de quem ela é. Ela sabe disso, mas esquece. E, por conta disso quer ter o controle das situações, fica planejando as coisas do jeito que acha que devem ser, ela sabe que a vida não é assim, e nem ela deveria ser, mas é. Você tem que resolver isso, tem que surpreender, fazendo o que ela não espera, o justamente o que ela espera sem esperar, você me entende Charles? Eu sei que sim. Você só tem que amá-la, ela tem que saber disso. Você deve cometer um exagero uma vez ou outra, mas você deve mesmo mostrar nos detalhes, aquelas coisas bobas nada bobas. Você sabe que ela fará tudo por você. Ela não é boa em esconder o que sente, e ás vezes se sente no lugar errado. Mas não com você ali. Vocês irão sonhar juntos, e brigar, por besteira, ou não, mas vocês saberão resolver isso. Você tem que fazê-la crer no ela já crer com medo. Mil facetas ali pra você descobrir, e ser descoberto, porque nós sabemos que o legal é ser diferente. Cartas. Coisas antiquadas. Você sabe do que ela gosta. Mas, nem sempre fará isso, porque você não é um fantoche, e ela gosta disso em você. Embora, goste mais ainda quando você resolve ceder á algum capricho dela. Ela é caprichosa, talvez meio mimada. Mas, ela gosta dos seus defeitos. Perfeição demais é chato, sabemos. Pode ser simples, e ás vezes complicado, mas é, só é. Não há outra opção. Quando ela souber que você é você, irá te escrever cartas e ficará sem graça sem olhar pra você, e ela que sempre te olha, é sua chance de usufruir dessa situação. Porque ela adora quando tem o controle, mas adora quando você o toma dela. Vocês vão rir de besteiras, e ela vai segurar sua mãe e te apoiar quando você precisar. Ela é uma boa pessoa, mas tem o lado mauzinho que te diverte, você sabe. Você não tem que ser perfeito, você só tem que ser você, e isso o torna perfeito pra ela. Irão compartilhar os gostos musicais mais secretos. Rir. E, na hora de chorar ela vai tá lá, e ela quer te ligar quando tiver zangada, entediada, chorona, e ela vai usar a TPM como desculpa, embora nem ela mesma saiba o que causa aquelas mudanças de humor. Ela não gosta de conversar no carro de manhã, aliás andar no carro só se for ouvindo (e cantando) as músicas. Você vai assistir aqueles filmes antigos que ela gosta. E, ela vai  fazer cafuné em você. E, vai te cobrar também, pode apostar. Você gosta da forma como ela defende os amigos, e ela gosta da forma como você fica bonitinho com ciúmes. Aliás, meu Deus como você são ciumentos. Vocês são tão parecidos e diferentes, e se complementam, e sabem disso. Vocês se conhecem desde os seus sonhos, mesmo sem saber, e se encontraram na hora certa, você sabe disso, você só tem que dizer a ela. Vamos, ela está esperando por você, mas você sabe que ela não irá esperar pra sempre.

               Beijo, G. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Aqueles dias nos quais você fugiu.

Era uma vez uma princesa. Ela foi criada a vida toda para seguir esse destino, e sempre o quis, desde pequena admirando a coroa da mãe, desde pequena adorada pelo povo, com todo o destino traçado aos seus pés. Mas, ser uma princesa não é fácil como mostram boa parte dos contos de fada. Com o passar dos anos a magia foi se esvaindo e a pressão para ser perfeita aumentando, a boa garota cansando de ser boa assim. Qualquer erro era visto por uma lupa de aumento, qualquer erro tinha grandes consequências. O carinho do povo era sincero, e uma das melhores recompensas. Mas, a ambição em torno da coroa trazia invejosos e interesseiros, sabia de poucos verdadeiros ali. E, o amor simples e puro das historinhas com certeza ficava só na historinhas, o destino era casar por conveniência, fora os canalhas interesseiros que a cercavam. Um dia tudo aquilo explodiu, como se as cortinas caíssem no meio daquela encenação.
- O que você quer dizer com isso?
- Ora, não se faça de desentendido! Há muito tempo que nosso casamento é uma farsa, aliás, deve ter sido desde o começo...Mas, me trair assim, na cara de todo o reino! Olhe a humilhação que você me fez passar! E, nossa filha? Você não pensa nela?
- Não se faça de vítima, você também é culpada...Depois que eu te der uma nova joia você esquecerá! E, não meta Ana nisso, aliás, ela anda meio rebelde, você não sabe ensinar sua filha a se comportar?
- Agora você acha que eu me vendo, é isso? Você que é um péssimo pai! Qual exemplo de casamento você quer que ela tenha?
- Bem, você se casou comigo por um acordo que seu pai fez, sua família falida, esqueceu? Não me venha com essa...
Ela só correu, não podia mais ouvir, tudo no qual ela sempre acreditou, tudo que a tornara quem era estava desabando. Primeiro, descobrira a falsa amiga que sua prima era, e descobriu isso da melhor maneira possível, a pegou na cama dando uns amassos com seu futuro noivo, isso mesmo. E, o que sua mãe havia dito? “Não ligue para isso, ela é só um brinquedo, é com você que ele vai casar, e melhor partido não encontrará” Isso era coisa que se falasse? E, agora isso. Os pais. A farsa. Ela havia sido tão cega. O que restava agora? Algumas poucas pessoas que ela tinha certeza da amizade e do caráter. O resto? Quem poderia dizer? Ela precisava ir embora. Pensava no seu povo, mas nem isso conseguia ser motivo suficiente. Seus sonhos, sempre foram tudo pra ela. Mas, agora eles haviam desmoronado. “Em meio aos problemas não fuja, enfrente-os, de cabeça erguida, não deixe de acreditar, esse é o seu destino”, dizia o pai. Qual significado isso tinha agora? Antes que se desse conta havia pegue suas coisas, o mais importante, deixado uma carta e partido. Ela sabia para onde ir.
- Sophie, o que você tá fazendo aqui? E, com todas essas coisas...vamos, entre, você tá com uma cara...
- Ana, ninguém do reino pode saber que eu estou aqui, tá? Por favor, não conte que eu irei te explicar tudo.
E, assim Sophie contou tudo. Ana era uma das suas únicas confidentes, desde que Sophie a ajudara quando havia sido humilhada pela sua prima, elas haviam sido tornado grandes amigas. Ana era leal, e isso era tudo que Sophie precisava agora. Elas passaram o dia fora, havia uma taverna afastada do reino, era rústica, diferente do que Sophie conhecia, e talvez por isso mesmo bem mais divertida.
- Então, você tá gostando? Não é muito seu estilo é?
- Bem, definitivamente é diferente, ou seja, é tudo que estou precisando agora.
- Então, a princesa se rebelou? Ana, você influenciou a realeza com sua rebeldia, que feio. – disse Victor, era o irmão mais velho de Ana. Era bem bonito, apesar de ser o oposto do que os pais queriam para as filhas, por ser do tipo rebelde e desleixado, sem falar nas brigas com uns caras da corte, entre eles Henrique, seu ex quase namorado. O que agora quase a tornava sua fã.
- Você contou pra ele?
- Como você acha que vai se manter escondida aqui sem a minha ajuda? Ana pode ser rebelde para os seus padrões, mas o gênio aqui sou eu. Haha
- Ai meu Deus, Victor, cala a boca! Ana apesar da arrogância, precisamos do meu irmão. Ninguém vai te achar com a ajuda dele.
- E, por que eu devo confiar nele?
- Nossa, princesa, desde quando você é tão desconfiada?
- Não é da sua conta, e pare de me chamar assim, alguém pode ouvir.
- Olha, eu sei o que você já fez pela minha irmã, e apesar dela ser bem irritante, é a minha irmãzinha. Então, eu tenho uma dívida de gratidão com você.
- Certo. Eu preciso de um tempo longe mesmo. De tudo.
- Vamos fazer algo que faça você parar de pensar.
- Ah, se eu soubesse de algo que me faz parar de pensar já o teria feito.
- Sophie, você é plebeia agora, faça o que tem vontade de fazer. Vamos, me diga algo.
- Eu já sei o que quero fazer. – E, como em um impulso involuntário, ela subiu no “palco” da taverna, e começou a cantar, aquilo parecia dá certo, e realmente ninguém sabia quem era ela. Era bom ser outra pessoa.
- Você foi ótimo, Sophie! Depois dessa, como uma boa amiga que sou, irei cantar também. Vamos continuar o show.
- Vai lá, Ana!
- Sabe, eu pensava que as princesas tinham voz de anjo ou algo assim...
- E, quem é que é princesa aqui?
- Você tá mesmo chateada com essa história de ser princesa, não é? É ruim assim?
- Não, tem o lado bom, e foi tudo que eu sempre quis por muito tempo. Mas, a minha ideia de ser uma princesa era muito mágica, e o mundo não é assim. Toda a cortina que me escondia a realidade caiu, e eu não quero mais viver nesse mundo de ilusões.
- Foram tantas assim?
- Sim, foram. Posso te dar a lista depois. Sabe, quando se é uma princesa você sente que tem que ser sempre perfeita, há tanto peso... Eu sempre tenho que acreditar, e eu sempre adorei isso. Mas, agora...parece besteira.
- Bem, eu como meu bom estereótipo de rebelde manda, nunca gostei muito dos nobres, mas sempre a vi como uma boa princesa, boa demais, todos adoram você, você sempre faz o que é certo...
- Nem sempre, e quando eu não faço as consequências são enormes. Ás vezes cansa ser a garota boazinha, ás vezes parece que não há uma recompensa.
- Bem, deve ter. E, todos precisamos acreditar em algo.
- Bem, no momento eu não estou podendo muito.
- Não tem problema, na hora certa você vai. Na verdade, não se preocupa com isso, não pense em nada, só viva.
- Sim, vamos brindar a minha nova vida. Eu preciso disso. Ser a minha outra eu para descobrir a verdade sobre quem eu sou, e sobre o que eu acredito.
- Belas palavras, Sophie. Bem, tenho outra ideia de algo que a outra você não teria feito.
- O quê?
- Dançar comigo.
- Bem, isso não é verdade. Mas, eu não preciso de mais problemas agora, e você me cheira á problemas.
- Você é praticamente uma princesa fugida, e provavelmente a garota mais complicada daqui no momento, acho que o problema aqui é você. Mas, eu não ligo. É só uma dança, não seja arrogante, vamos.
- Bem, se você quer tanto dançar com alguém problemática e destruída como eu, o prejuízo é todo seu.
Ele só sorriu. Era divertido dançar, e não pensar, pensar a algum tempo havia se tornado tão cansativo. Fazer coisas para se sentir viva, viver sua outra eu, era tudo que ela queria agora, quem disse que fugir não tem suas vantagens?
                             Beijo, G.