Compartilhando até dos porquês que nem eu entendo.


Compartilhando os porquês que nem eu entendo.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Não tem spoiler não, pode vir!

O post de hoje é sobre o Batman - The Dark Knight Rises e, na verdade, já estava pronto há algum tempo, feito para o blog de cinema de uma querida amiga. Antes, depois, ou durante a leitura mesmo, se você assim quiser, dá uma conferida no Diretor Fantasma porque é realmente muito bom. E aproveita que você está online e curta também a página no facebook.

No sábado seguinte a estreia do tão aguardado Batman, as salas de cinema estavam lotadas. Mas não apenas lotadas, lotadas de fãs do homem morcego, desde criancinhas até os mais velhos, usando camisetas e outros acessórios de um dos mais famosos super heróis da DC Comics.

O diretor britânico Christopher Nolan, que não foi muito feliz quando iniciou a sequência – Batman Begins foi aos cinemas em 2005 e não agradou – conseguiu satisfazer os fãs em Batman - The Dark Knight e surpreender fechando brilhantemente a história em The Dark Knigth Rises.


Personagens antigos foram resgatados e inseridos no enredo deste novo filme, como por exemplo, o exponencial e constantemente citado nos quadrinhos, Ra's Al Ghul, líder da Liga das Sombras (uma espécie de organização que treinou Bruce Wayne e acreditava que os problemas da humanidade seriam resolvidos se o número de pessoas fosse reduzido, para que assim, o mundo fosse melhor administrado - dá pra acreditar?), além disso, o público pôde conhecer melhor a origem do vilão Bane, ilustres presenças que somadas ao enredo fascinante e a atmosfera incrível criada pelo diretor, resultaram nas salas de exibição absolutamente silenciosas e atentas ao filme, que conseguiu um desfecho inacreditável e cuidadosamente elaborado.


As cenas de ação foram dinâmicas, envolventes e não deixaram nada a desejar, embora o ator Christian Bale estivesse pouco confortável e tenha chegado a passar mal por causa da roupa de Batman. O incômodo foi tamanho que fez o ator afirmar que não voltaria a representar Bruce Wayne em uma nova sequência, assim como o diretor Nolan, que garantiu que não produziria mais, mas declarou que a Mulher Gato, perfeitamente interpretada por Anne Hathaway, seria digna de um filme solo. Destaque também para os atores Morgan Freeman, Gary Oldman e a agradável surpresa que foi Joseph Gordon-Levitt.


Ainda sobre os atores, é válido lembrar a pequena polêmica causada pelo ator Matthew Modine, ao afirmar em seu twitter que Batman esmagaria Os Vingadores de Whedon nas bilheterias. A declaração do ator e a já existente rivalidade Marvel e DC foram suficientes pra inflamar os fãs de ambas as partes, sugerindo até boatos de que haveria algum mal estar entre Nolan e Whedon. O fato é que os dois diretores apresentaram propostas completamente diferentes, que coincidiram apenas por se tratar de super heróis. Entretanto, o filme do novo Batman foi tão bom quanto Os Vingadores e faz O Espetacular Homem Aranha – outra grande promessa entre os filmes de supers deste ano – parecer nem um pouco espetacular.


O final não deixa pontas soltas e fecha perfeitamente o ciclo iniciado na trilogia. Cada diálogo é importante e cada segundo do filme é relevante para a compreensão da história. Christopher Nolan encerra com chave de ouro e uma deliciosa provocação para os fãs, finalizando com uma maravilhosa deixa para um quarto filme. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

One Day



Eu defino “One Day” como um clássico moderno, atemporal, acho que é assim que ele irá se definir no futuro, aliás já foi definido assim por vários críticos.
A história de dois amigos, duas pessoas tão iguais e diferentes. Uma história de amor e de amizade. Assim são Em e Dex, Dex e Em, amigos desde muito tempo, que nem sempre se entendem mas se amam. O formato do livro já o torna diferente, cada capítulo mostra o dia 15 de Julho na vida de Emma e Dexter, desde o dia que se conheceram, os dias que passaram juntos viajando, os dias que passaram separados, mostrando cada fase das suas vidas, juntos e separados.
O livro é um romance romântico, mas não só a relação deles é retratada, mas sim a vida em si. O que você quer ser quando se é jovem, o que se torna, como lida com os problemas, as frustrações, as amizades, os sonhos. Vimos ao longo do livro as quedas e evoluções dos personagens. E, diversas vezes nos identificamos com alguma situação, algum sonho, algum pensamento. Emma e Dexter se encontram e se separam ao longo do livro, o mundo muda junto com eles.
Várias coisas chamaram minha atenção e me prenderam ao livro, primeiramente e sendo piegas, foi a linda história de amor, amor entre grandes amigos que se conhecem e se amam pelo o que são, o formato também foi algo bastante inovador, vinte anos contados através da importância do di 15 de Julho, é bastante gostoso de ler, interessante a forma como vamos vendo as mudanças no cenário geral, e interno de cada personagem e da relação entre eles. Os personagens são outro ponto alto, eles são tão reais, não tem como não se identificar, Emma e Dexter (apesar de eu ter vontade de matá-lo várias vezes) são adoráveis, de um jeito realista, sabe? E, para quem curte uma passagem pela história e mudanças culturais é bem legal ver as transformações da década oitenta para noventa e os anos dois mil.  
CONTÉM SPOLIERS,SE NÃO QUISER SABER NÃO LEIA. Rs
Preciso falar sobre o final do livro. É sabido que ele gerou muita frustração e revolta nos seus leitores, claro que uma tragédia tão inesperada e sem porque frustra á todos, eu, por exemplo, chorei feito uma menininha (e é o que eu sou. rs). Mas, o que mais vale pra mim é que eles puderam viver esse amor tão lindo, mesmo que por pouco tempo. Sabe, eu ainda acho que não adianta viver cem anos mas só, sem o amor da sua vida, melhor ter menos tempo de vida mas ser feliz, até porque encontrar E ficar junto com o amor da sua vida não tá fácil. Agora deixando de ser piegas, achei bem legal mostrar os três anos seguintes á morte da Emma, a forma como o Dexter sofreu e foi ao fundo do poço e depois conseguiu se recuperar conseguiu lutar. Isso é a vida. Abro um parêntese para falar que super achei lindo e me emocionei com ele vendo as fotos e lembrando dela, mostrando o dia no qual eles se conheceram, parecia que eu estava vendo, sabe?
ENTÃO É ISSO EU SUPER RECOMENDO. É UM LIVRO MARAVILHOS. LEIAM, LEIAM!

                                   Beijo, G.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Süß.

É assim. O Gustavo e o Guilherme, por exemplo. Os dois têm quatro aninhos. O Gu já sabe somar os números, mas a tarefinha do Gui ainda é de contar as bolinhas. O Paulo César já diz as tabuadas em menos de dez segundos, o Pedro ainda se enrola um pouquinho na do 7 e na do 9. O Pedro Emanuel e o Rodolfo não me chamam mais de tia. O Pedro Emanuel me chama pelo nome, e o Rodolfo me chama de professora. O João Eduardo não fala quase nada, mas me dá um sorriso tão sincero quando chega, que dispensa qualquer palavra. A Nicole veio da Alemanha pra estudar português. A Nicole é doce desde a escolha do nome até o pensamento. A Nicole me chamou outro dia, ela tinha uma dúvida. Ela sempre tem:

- Tia, eu não entender esse frase.

A frase dizia "O perfume é doce" e a questão perguntava quem era o sujeito da frase. Expliquei, quase maquinalmente:

- A primeira coisa a fazer é perguntar ao verbo. O perfume é doce. O que é doce? O perfume. Então esse é o sujeito.

A Nicole apertou os olhinhos pretos.

- Essa parte eu entender, eu não entender o frase.

- A frase?

- A frase! - ela disse, enfatizando o "A" e se corrigindo - É isso. O perfume é doce - repetiu, com um "r" bem forte e bem alemão. - Como pode ser doce se perfume não é de beber?

Baixei a cabeça, sorrindo. Logo a Nicole, que era a coisa mais doce que eu já tinha visto, não entendia nada de doçura. Meu Deus, como é que eu vou explicar a essa menina que existe gosto doce, cheiro doce, e até gente doce, que nem ela?

- Nicole, é o seguinte...

Ela soltou o lápis, apoiou os cotovelos na mesa e segurou o rosto branquinho. Naquele momento eu senti que toda a atenção dela estava concentrada em mim e no que eu ia dizer. Me dei conta de que aquilo seria o que eu vou fazer pelo resto da vida. E me dei conta também de que era isso o que eu queria. É isso o que eu quero. Ah, se quero! Que venham todos os rostinhos curiosos e cheios de dúvidas de português.

- Quando um cheiro é muito bom, muito agradável, a gente pode dizer que é doce. Uma pessoa que tem a voz bem delicada, é doce. Uma lembrança bonita, é doce. E uma comida que a gente gosta, também é doce. Entendeu?

- Acho que sim.

Fiquei um tanto incomodada com a carinha de ponto de interrogação que a Nicole fez. Achei que minha explicação não tinha sido o suficiente. Foi quando a avó dela chegou para buscá-la e disse:

- Vamos, meu amor? - e deu-lhe um beijo lindo na testa.

- Espera um pouco!

A Nicole veio até a minha mesa e cochichou:

- Acho que o vovó acaba de me dar um beijo doce. Eu entender.

Sorri.

Ah, Süß é doce em alemão. A Nicole que me disse.

Aline Cavalcante.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quando a magia invade nosso mundo.

Era uma vez, no mundo mágico que se esconde por trás do nosso mundo, a princesa das fadas, em um reino bem distante e bem próximo do nosso. Ela era linda e querida por todos. Todos no reino acreditavam que ela cumpriria sua missão, seus pais, seus amigos, seus súditos, até a invejosa prima Anabella não tinha porque duvidar, e a missão era até tida como simples, mantida pelos seus pais, vós, bisavós e toda sua linhagem. Bastava impedir as ações dos anjos das trevas. Os anjos das trevas outrora haviam sido aliados dos anos de luz, das fadas e dos outros seres do “lado bom da força”, eles não eram terríveis como os espectros e demônios que eram a verdadeira força maligna e o maior terror, mas haviam sido expulsos por sucumbirem aos prazeres errôneos. Esses agiam de forma egoísta e impulsiva, de acordo com o seu prazer, e agiam quebraram várias regras, acabando por ser expulsos dos seus antigos companheiros. Atualmente viviam desfrutando de prazeres, sem compromisso, e atrapalhando, por pura diversão, as fadas. Essas tinham a função de trazer o que há de melhor nas pessoas, iluminando seus pensamentos para fazer o certo, ao contrário dos anjos das trevas que se entretinham com os deslizes humanos.Durante séculos essa luta foi travada, um tratado foi feito e era mantido, por um bom tempo. Anjos das trevas e fadas conviviam pacificamente, mas sem se misturar. Até que um belo dia as regras foram quebradas.
Em um lugar distante daquele, onde a magia era invisível, o jovem Erick olhada para o céu nublado e pensava no seu dilema: O que sentia por Alice? E, mesmo gostando dela, ele deveria fazer algo a respeito? Talvez fosse mais fácil não fazer, ele sabia que com era seria diferente, e não sabia se estava pronto pra isso...Quer dizer ele tinha sexo, diversão, liberdade. Mas, tinha um carinho tão grade por ela. E, ciúmes. Por que tinha que conhecê-la tão bem? Se fosse só uma qualquer, poderia ser mais fácil. Ele não podia magoá-la de novo.
- Nossa, que cara otário. Eu era fã desse cara, quer dizer, ele conseguia sempre o que queria, e essa tal de Alice, a solução é simples: Ela gosta dele, ele fica com ela quando tiver afim e pronto. Cadê a modernidade desse mundo?
- Você é um idiota! Não, idiota não, idiota é ele que ainda não se decidiu pelo o que está bem na cara: Está apaixonado por ela, há muito tempo, mas ele não percebe, ou não assumo, fica nessa confusão. Você é um monstro, aconselhando-o a usar a garota. Muito nobre.
- Ai meu Deus, Vossa Alteza, perdão! O que a princesa das fadas está fazendo aqui? Observando um caso tão banal...de amor, oh amor!
- O amor não é banal, é a coisa mais bonita desse mundo, o que o mantém salvo de tanto caos. – seus olhos verdes amarelado brilhavam cintilando, ora por raiva, ora por emoção.
- Por que se importa, fadinha? Você nunca poderá viver isso, casará com o elfo perfeito que seus pais escolherem e manterá o reino perfeito.
- Por isso mesmo, por eu não poder ter valorizo tanto. Talvez se os humanos soubessem a preciosidade desse sentimento o aproveitassem melhor, eles seriam tão felizes juntos, ele tem que ver...Ás vezes eu trocaria toda aquela magia, riqueza, aquele mundo perfeito por viver aqui. Com um amor verdadeiro.
Por um instante ele a olhou, paralisado por suas palavras. Ele não entendia muito de amor. O seu reino era só de diversão, prazeres, e certa inveja mantida contra as fadas. Mas, olhando assim pra ela, os cabelos negros esvoaçantes, os olhos cintilando, a pele brilhando com os pontos de luz do sol...Mas, por que diabos ele estava falando aquilo pra ele? Ele nem se importava.
- Ah, fale isso pra quem quer ouvir! Eu não ligo...
Antes que ela pudesse responder uns espectros se aproximaram, as sombras negras cortando a luz, envolvendo-os em um buraco negro. Ela não via mais anda, até que foi puxada por braços branquíssimos e fortes, envoltos em asas negras, olhos azuis enormes brilhando, um azul tão escuro, quase negro, as fadas diziam que eram assustadores, mas eles pareciam tão lindos...
-Ei, Caroline, você está bem?
- Você me salvou...
- É, é, grande herói! Você sabe, inimigos em comum, não faça disso grande coisa...
- Mas, você me salvou! Você não precisava, agora eu entendo porque vocês não foram banidos, talvez vocês tenham coração, talvez você só queira escondê-lo!
- Ei, calma ai fadinha...
- Damon...
- Olhe, você está bem e eu já foi indo.  A diversão já acabou. Avise as suas amigas fadinhas desse ataque...as coisas estão piorando. Ah, e não fale do meu heroísmo. Sabe, como é, sou muito modesto.
E, ele voou as asas, os cabelos negros, contrastando com a pele branquíssima. Não dava para ver os olhos, mas na sua mente ela ainda os via, brilhantes, enormes. Ele era lindo. Ah, mas o que estava pensando? Devia ser o pânico do momento mexendo com o cérebro dela.
Caroline estava olhando a terra, pensando na conversa que havia tido com seus pais. O pânico na face deles ao descobrir o ataque dos espectros, parecia que o lado negro ganhava poder na terra, toda aquela ambição sem limites, a cegueira das pessoas, o mundo era contagiado por uma aura negra, e de repente pela primeira vez acreditar que o amor era maior e deixaria tudo bem parecia tão ingênuo, sem em um relacionamento entre duas pessoas que se gostam o amor perdia por motivos ridículos, o que dirá por todo o futuro da humanidade nesse sentimento? Ela voava pela terra, divagando sobre isso, resolveu assumir sua forma humana e ir á uma festa. Tem uma coisa aquele abusado do Damon tinha razão, ela nunca se divertia, ela queria ter uma noite normal, sem preocupações, sem baboseira.
- Hey, o que você tá fazendo por aqui? Digo por AQUI! Você não deveria está em alguma reunião em busca da salvação do mundo?
Damon havia aparecido por trás dela, todo de preto, se misturando perfeitamente com todos ali. Enquanto ela parecia bem deslocada.
- O que é isso? – disse apontando e pegando a bebida das suas mãos, bebeu mesmo antes de saber o que era, escondendo ao máximo a careta.
- Bem, isso é tequila, algo que deixa os humanos mais divertidos, ou não. Mas, eu batizei com algum alucinógeno, do nosso mundo, assim EU consigo me divertir mais. Mas, me diga: o que você faz aqui? Acho que aqui não é lugar para uma princesa, sabe...
- Não é da sua conta. Eu só quis me divertir um pouco, quer dizer, olhe só pra eles, arrumadinhos e bonitinhos, se agarrando sem nem se conhecerem, achando que estão aproveitando a vida ao máximo. O mais incrível é que amanhã eles nem vão lembrar do que fizeram, e eu achando que as melhores coisas você lembrava não é? Eles são uns idiotas.
- Sim eles são, mas sabem dá uma festa, e tem umas músicas legais...
- Se você contar para alguém que me viu aqui eu conto pra todos que você me salvou. Isso vai acabar com sua fama de “Eu sou mau, eu sou um cara mau e não tenho sentimentos, e me acho muito homem por isso’’.
- Haha. Ok, trato feito. Vem, deixa eu te mostrar a parte mais engraçada da festa, você até que tá divertida hoje.
E, assim ela teve uma noite bem diferente das habituais, mas até que foi divertida. Ela tinha feito coisas MÁS, graças á péssima influência de Damon. Mas, ok, ela havia feito isso com uns idiotas que mereciam, mereciam! Nem todo mundo era bonzinho. E para compensar ELE havia feito umas coisas boas.
Ele não podia acreditar que havia gostado da companhia daquela fada. Mas, ele havia. Quer dizer, ela era divertida, e ele não precisava ficar sempre pensando no que ia falar ou o que ia fazer para mostrar o quão perigoso era, era como se ele pudesse ser ele mesmo...Mas o que ele tava dizendo? Devia ser o efeito da ressaca.
- Então, quem nos vamos ajudar e atrapalhar hoje?
- Eu pensei em irmos á uma festa que a festa que a Alice vai dar. Lembra, Alice e Erick, Erick e Alice... – Ela o olhava com aqueles olhinhos brilhantes igual aos de uma criança, cheios de esperança e espanto.
- Damon, é sério? Não foi você que disse naquela fez, sobre diversão e diversão.
- Eu acho que estava errado. Eu andei os observando e...bem, acho que eles realmente se gostam.
- Não sei, ele age tantas vezes como se não gostasse dela. Ele têm umas atitudes de quem não gosta dela...
- Isso é porque ele é um idiota, idiotas são assim, e ele é meio cego também. Tá acostumado a tê-la e ter as outras também, tá acostumado a não achar que vai perde-la, que ela vai ficar esperando por ele até que ele decida ver o que está na sua frente e ser corajoso.
- Desde quando você pensa assim?
- Eu só os observei, Caroline. Vamos, você tem que cumprir sua obrigação de fadinha e ajudar o AMOR A VENCER NO FINAL. Haha
- Ok, mas se você ficar caçoando eu mudo de idéia. Te encontro no lugar de sempre ás 21horas. Tenho que ter cuidado pra Annabella não perceber, ela é um porre.
- Hey, você está linda.
- Obrigada. Você também.
- Pronta pra por em prática o nosso plano?
- Claro! Mas, antes, vamos curtir um pouco. EU ADORO ESSA MÚSICA!
- Dance comigo então, fadinha!
E, de repente a batida extasiante parou e começou a tocar “When you say nothing at all”. Os casais começavam a se juntar na pista, igual naqueles filmes. Era a deixa perfeita pra eles pararem de dançar e por em prática o plano, mas por algum motivo eles queriam continuar dançando.
- Então, acho que agora é a hora perfeita pra por o plano em prática. Vamos, Caroline?
- Vamos, vamos. Olha, ele está olhando pra Alice, mas como um bom covarde não faz nada. Odeio covardes! – E, ao falar se deu conta que não se referia só á Erick.
- Eu vou lá dá em cima dela na frente dele, fica por perto e faça o que combinamos. Espero que os clichês estejam certos quanto ao vê-la com outro e perceber que é um estúpido e está apaixonado e algo assim.
- Vai dá certo. Os clichês são clichês por alguma razão certo?
E, parece que o plano deles havia dado certo afinal, Alice e Erick haviam voltado de sua uma hora de conversa e agora dançavam, felizes, muito felizes.
- Então, acho que deu certo, não?
- Sim! E, foi muito divertido! A cara dele quando você dançava com ela, nossa parecia que ele ia morrer, acho que ele nunca a tinha visto com outro...
- É, ela sempre ficou esperando por ele. Mas, meu charme irresistível fez com que ela pelo menos se interessasse por mim.
- Ah, é claro que sim, garanhão. – revirou os grandes olhos e sorriu.
- O que você disse á ele, afinal?
- Que ele não estava sendo nada sutil na sua demonstração de ciúmes, no começo ele negou, mas depois ele subitamente se abriu comigo. “Eu nunca soube de verdade o que sentia, mas agora vendo-a tão linda assim e com outro, de uns tempos pra cá ela já vem me evitando e dando menos atenção,e agora isso! Eu to confuso, eu só sei que não quero perdê-la” “Bem, você pode não querer perdê-la por dois motivos: Você é um idiota egoísta que só a quer por causa do grande ego e a necessidade de alimentá-lo ou você está apaixonado por ela. Se for a primeira opção está na hora de crescer e deixá-la em paz, se for a segunda tá mais que na hora de ir atrás dela, vai!” E, foi isso, acho que era a segunda opção.
- Sim, eles brigaram, muito, depois ele disse que estava apaixonado por ela e se beijaram e oh, o amor triunfa no final.
- Bem, bom pra eles que não serão obrigados a casar com o elfo mais arrogante e detestável de todos!
- Mas, a maioria das fadas tem uma queda por ele.
- Pensei que você já tivesse percebido que eu não sou como a maioria das fadas.
- É, eu percebi. Mas, então é isso, vou indo.
- Já?
- Não é muito bom que sejamos amigos não é?
- Engraçado. Eu tinha uma certa inveja de vocês, anjos das trevas, pensava que vocês fizessem o que tem vontade de fazer, e não que eram também uns covardes!
- Não sei do que você tá falando.
- Ah, mas eu acho que você sabe sim. Eu sou menos covarde do que você, eu me arriscaria. E, eu tenho mais a perder.
- Ah, claro que tem, você é a garota de ouro. E, pra sua informação eu não sou covarde, eu queria proteger você.
- Mas eu não quero ser protegida! Eu passei minha vida sendo protegida...
- Isso não será fácil. Você tem certeza?
E, então ela o puxou pela gola da blusa preta e o beijou, finalmente e completamente, e finalmente e completamente os dois esqueceram-se de tudo.
                       Beijo,G.





segunda-feira, 16 de julho de 2012

Once Upon a Time.

Como é de conhecimento geral eu sou uma viciada em séries, e resolvi postar aqui com uma boa freqüência sobre as minhas favoritas. A da vez será “Once Upon a Time’’, ok, já postei aqui sobre ela anteriormente, mas agora que acabei a primeira temporada posso dar á vocês dez bons motivos para assisti-la.
Número um: A história é super bem elaborada, não deixa lacunas, te deixa curiosa, mas sacia essa curiosidade. A forma como mistura a história original dos contos de fada com nosso mundo é genial.
Número dois: Não, não é uma série de “mulherzinha”, essa tem o romantismo dos contos de fada, porém também tem MUITA aventura. Aliás, isso nos leva ao aspecto número três...
Número três: Eu costumo dizer que uma série/filme/livro bom é aquele que junta tudo, aventura, certo mistério, amor, comédia. E, Once Upon a Time é assim, por isso que é uma série que cativa á todos.
Número quatro: Inovadora. Acho que vocês devem ter reparado que os contos de fada estão na “moda”, mas essa série retrata as versões de uma forma bem inovadora, com todas as histórias se intercalando, é fantástico. Não dá para explicar, assistam!
Número cinco: Henry. A criança mais linda e esperta, um dos meus personagens favoritos! Sério, não tem como não amá-lo.
Número seis: O elenco. Os personagens são ótimos. Certo. Mas, de que isso valeria sem um elenco a altura? Eles são maravilhosos, já não consigo mais pensar na Snow White sem ver a Ginnifer Goodwin , no príncipe sem ver o Josh Dallas, e na rainha má sem ver a Lana Parrilla.
Número sete: Vou ser meio piegas agora, mas preciso por esse motivo. A série te dá esperança, sabe? Faz você acreditar. E, acho muito válido nesse nosso mundo, naqueles dog days, assistir algo que te dê esperança.
Número oito: Adam Horowitz e Edward Kitsis, sim, eles são os mesmos de Lost.
Número nove: A segunda temporada promete, e muito!
Número dez: Qual é gente, sou que estou recomendando. Haha Ok, brincadeirinha. Ou não. Risos. 



  Beijos, G.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A minha música favorita é você.


A primeira música veio quando você ainda nem tinha nascido. Quando eu ainda nem entendia muito bem o que tava acontecendo. Eu só gostava de calçar seus sapatinhos nos dedos e ficar passeando pela barriga da mamãe enquanto ela cantava:

"Silêncio, ele está dormindo
Veja como é lindo
Sua majestade, o Thiago..."

Majestade mesmo. Chegou reinando com teu choro agudo e insistente. O choro foi a segunda música. O choro invadiu a casa e, meu Deus, como você chorava. Lembro de ter cantado todas as cantigas de roda, de ter agitado todos os brinquedos mais coloridos e barulhentos na tua frente pra chamar tua atenção e te fazer parar de chorar. Lembro  de te colocar no colo, no berço, no cercado. E o choro não parava. Senhor, o que que há com esse garoto? Se hoje eu olhar uma foto tua quando bebê, o choro ainda ecoa na minha cabeça!

A terceira música foi a tua respiração. Cansada, por causa da tua sinusite. E quando você dormia comigo, eu acordava no meio da noite, colocava o rosto bem pertinho do teu e me demorava lá por longos minutos, pra me certificar de que você estava bem mesmo. Eu poderia passar a vida inteira ali. Sabe, né? Pra garantir você sempre perto, pra garantir você em segurança. Você sabe que se você precisar de ar, eu paro de respirar.

Aí você cresceu – a respiração ainda é cansada, mas agora você se recusa a dormir no quarto da irmã mais velha e chata, aí eu só posso mesmo ir até a tua cama quando escuto algum barulho de você batendo em algum lugar. Menino, como tu se mexe quando dorme! – e já tem as suas músicas preferidas. Um dia desses, veio correndo até o meu quarto com o pen drive na mão:

- Ei, essa música! Me passa aí, vai lá. Lembra quando passava na televisão e...
- E tu pegava teu baldinho de praia e ficava batendo nele, imitando a bateria?

Era a Fortune Faded, do Red Hot. Você tinha quatro aninhos e se achava o próprio Chad. Fiquei toda orgulhosa quando você me pediu a discografia deles. É a Warm Tape, certo? A Warm Tape e a Minor Thing, são as que você mais escuta enquanto joga. E Californication, claro. Amo o Anthony Kiedis, mas amo ainda mais – muito mais – você, e sou desesperada por essa música na tua voz e com teu inglês de enrolação:

"Na na na na na na na na na na na na ATION!
Na na na na na na na na na na na na ATION!
Na na na na na na na na na na na na CALIFORNICATION!"

Eu sei, você está crescendo. Ainda tenho o meu mundo inteiro pra te mostrar. Cada coisa no seu tempo. Quero que as minhas músicas favoritas coincidam com as suas. Que você goste do meu livro favorito. Que você ache o meu filme favorito legal. Que as suas piadas favoritas sejam as minhas. Que eu seja a sua garota favorita. Porque a minha música favorita sempre, sempre vai ser você. A minha pessoa favorita. O meu favorito é você. É você.

Da Finha (Aline) para o Dinho (Thiago).

Insônia.

Era madrugada, ela não conseguia dormir. Levantou-se da cama e tomou uma xícara de café. Ficou pensando em tanta coisa... A vida é engraçada, não é? Tanta coisa que você espera dela e não vem. Tanta coisa que você não espera e vem. No bom e mau sentindo. Seria muito chato se tudo acontecesse do jeito que você espera. Mas, há coisas que poderiam realmente ser assim. Mas, o que mais doía era quando a surpresa era negativa. Sabe aquilo de esperar demais de tudo? Ser uma idealizadora. Otimista. Acreditar, ela ainda preferia acreditar. Mas, ás vezes não era fácil. O tempo é algo tão logo, ele te mostra coisas e te dá coisas que você não esperava, é bom. Mas, também pode ser uma droga. Ela sentiu isso quando pensou em pessoas que perdeu, e não achava que ia perder. Ela realmente nem imaginava. De repente ela perdeu. Ela não era boa em perder. Ela sentia demais, suas dores e a dos outros. Na verdade, era ter toda aquela intensidade, principalmente no sentir. Achava um absurdo isso de amar de forma avassaladora tantas vezes, como ela via acontecer entre tantas pessoas. Não entendia. Como saberia que era a pessoa certa? Porque sim, ela acreditava nisso de só haver uma pessoa certa. Poderia ter pessoa certa para cada momento, mas essas eram pessoas certas para determinados momentos. Mas, deveria ter a pessoa certa para a vida. Ela realmente acreditava, tinha que acreditar. Assim, como precisava acreditar nas suas ambições, e nos seus amigos. Tudo aquilo que estava nos livros e filmes estava por alguma razão, certo? Acreditar no destino e que o que é pra ser vai ser. (Só não pense usar isso como desculpa pra não ir atrás do que quer!) Ser a exceção. Ela tinha meio que uma obsessão por isso. Não confiava em pessoas que tinha tido mil amores da sua vida, você não pode vulgarizar o amor assim, você não pode vulgarizar os sentimentos. Por isso que ela sentia tudo. Muito. E, por isso tinha medo de sentir algo forte demais, não que isso a impedisse de sentir. Mas, ela não sentia ao virar a cada esquina. E ao sentir era de se pensar bem sobre aquilo. Principalmente quando não se espera. E, é assim que é melhor certo? Surpresas. (Boas, por favor, ela diz.) A vida tem tanto a te mostrar, mas ela não pode te mudar. Ela deve te acrescentar te aumentar, não te diminuir. Te fazer deixar de acreditar. Ela queria viver pra ver que está certa em acreditar. Pois nas vezes em que ela não esteve veio alguém e a vez ver de novo. E ela ainda via,sempre via, com alguns arranhões, ela ainda via, ela sempre haveria de ver. Se não visse ela não seria.

                   Beijo,G.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Dark Shadows.

  Um motivo para você assistir: Tim Burton + Johnny Depp. Não, não são dois motivos, a junção deles, é um fator X, não dá para separar. Uma super produção. Um grande elenco. Um filme muito foda, e vocês terão que me permitir usar essa expressão.
A história é baseada na série de TV Dark Shadows, a trama acompanha a família Collins, antes rica e poderosa, passa a ser vítima de uma maldição, lançada pela bruxa Angelique, apaixonada por Barnabas, que por sua vez não corresponde aos seus sentimentos, sendo apaixonado por Josette. Para ter sua vingança Angelique mata os pais de Barnabas e lança um feitiço que faz Josette cometer suicídio, se jogando de um penhasco. Não satisfeita, transforma Barnabas em um vampiro, que ao ser descoberto com sua ajuda, fica preso em um caixão por quase dois séculos. E assim temos o início do filme, já causando forte impacto, acompanhando tudo isso temos Johnny Depp cantando, The Joker.
A partir daí uma nova trama se desenrola, desenvolvendo a história inicial, porém com os novos conflitos da atual família Collins, a adaptação de Barnabas, tanto a sua nova condição quanto aos anos 70, e seu amor por Josette, ou no caso Victória, sua descendente. O filme surpreende com várias cenas engraçadíssimas, o que aliás não é surpreendente já que se trata de Burton, misturando todo aquele ar sombrio com boas piadas do cenário geral. Preciso falar que amei todo o ar clássico do filme, o início victoriano passando para os anos 70, somando os dramas de cada personagem, com um belo romance, com cenas que envolvem um bom suspense e ação, embora não seja o que predomina, e muita comédia, não sei se sou eu que rio por pouco, mas enfim, achei divertidíssimo. Ah, preciso compartilhar aqui a incrível trilha sonora do filme, sai de lá louca pela trilha sonora e rindo de “Alice é a mulher mais feia que já vi”. Enfim, é isso, assistam e confirme minha opinião! (?)
E aqui a trilha sonora:
·         1. Johnny Depp - The Joker
·         01. The Moody Blues - Nights In White Satin
·         02. Danny Elfman - Dark Shadows - Prologue
·         03. Iggy Pop - I'm Sick Of You
·         04. Donovan - Season Of The Witch
·         10. Danny Elfman - The End?
·         09. Alice Cooper - Ballad Of Dwight Fry
·         05. The Carpenters - Top Of The World
·         06. Barry White - You're The First, The Last, My Everything
·         07. T. Rex - Bang A Gong (Get It On)
·         09. Alice Cooper - Ballad Of Dwight Fry
                      Beijo,G.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Morro dos Ventos Uivantes.

Finalmente estou de volta, peço perdão pela ausência, mas final de semestre da faculdade não é fácil. Enfim, para voltar trazendo alegria para vocês vou falar escrever sobre “O Morro dos Ventos Uivantes”. Aliás, será uma sugestão de leitura para as férias.
“O Morro dos Ventos Uivantes” me deixou intimidade, não é só por ele ser um clássico dos clássicos, já que me sinto íntima das obras da Jane Austen, e sim por ele ser tão diferente e complexo. É o tipo de livro que clama por sua total atenção, e te faz questionar sobre até onde nos iremos por um amor enlouquecedor, afinal Heathcliff é um monstro ou uma peça que foi danificada pelas dores da perda de um amor? Esse é o único romance de Emily Brontë e causou uma grande polêmica na época, pois quebrou o Romantismo idealizado e trouxe personagens repletos de dicotomia, sendo várias vezes a personificação não só do amor, mas do ódio.
Nossa história começa na fazenda chamada “Morro dos Ventos Uivantes” (tcham ram!), quando o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e traz consigo um pequeno órfão, Heathcliff, cuja a procedência ninguém sabe. Este é amado pelo o patriarca da família e sua filha, Catherine, mas desperta o ciúmes e inveja de Hindley. E, assim após a morte do patriarca, Heathcliff perde seu protetor e passa a ser maltratado por Hindley, sendo tratado como o pior dos serviçais. A amizade entre Heathcliff e Catherine se transforma em uma paixão avassaladora, em meio todas as diversidades.  Porém, ao conhecer o jovem Edgar Linton, bonito e rico, essa fica encantada e resolve casar-se com ele. Essa sucessão de humilhações faz com que Heathcliff fique ainda mais amargurado, indo assim embora do “Morro Dos Ventos Uivantes”. Anos depois Heathcliff volta, riquíssimo e disposto a reconquistar Catherine, amargurado por ter sido trocado, mas ainda amando-a. E ai vem o triângulo amoroso entre Heathcliff, Catherine e Edgar. Catherine vive dividida, e mantém os dois apaixonados por ela, dispostos a fazer tudo o que está quer. Catherine tem a personalidade forte, e de tanto ver-se presa á essa teia amorosa, cujo amor por Heathcliff é óbvio e imutável, e me permitam ir contra a opinião de vários leitores e críticos e dizer que: acredito em amar também Edgar, um amor mais tranquilo e sereno. Mas, Catherine não tem tempo para tomar uma decisão concreta, morre nos braços de Heathcliff, deixando sua filha, também chamada de Catherine.
  Mas, se você está pensando “ah, a imbecil da Geórgia contou toda a história” (risos), calma, vocês sabem que eu não gosto de fazer isso, afinal perde a graça, não é? Isso é apenas a metade do livro, e de forma de resumida, nada que se compare aos ínfimos detalhes. O livro é repleto de reviravoltas, quando eu terminei de ler passei uma boa hora pensando em todas as mudanças. É intrigante, e se você gosta de personagens instigantes e que não fazem o que você espera que faça, eu super recomendo. Claro, tem uma linguagem mais formal e o começo é lento, como a maioria dos clássicos. Mas, vale á pena. Surpreende. Emociona. Intriga. Fascina. É algo tão real e irreal ao mesmo tempo. Leia.  
                    Beijo,G.