Compartilhando até dos porquês que nem eu entendo.


Compartilhando os porquês que nem eu entendo.

domingo, 30 de setembro de 2012

Hart of Dixie.

Dez motivos para assistir Hart of Dixie.
1)      Rachel Bilson. Sim, nossa Summer volta mais linda do que nunca para abrilhantar Hart of Dixie como a protagonista Zoe.
2)      Uma das coisas que me chama atenção na série é a ‘normalidade’ que ela tem, sem magia, sem pessoas exageradamente ricas e ‘perfeitas’, e isso trás uma identificação com o público. Digo, você pode se identificar com os problemas no trabalho como Zoe, ou nos amorosos. A série mostra um cotidiano bem plausível da realidade, mas não de um jeito chato, longe disso.
3)      Hart of Dixie é definitivamente uma das séries mais divertidas das atuais, sério. Eu super me divirto assistindo-a, e quem não gosta de uma série divertida não, é?
4)      Os personagens são incríveis, eles têm algo tão autêntico, são muito cativantes. E, a atuação do elenco condiz com isso.
5)      O enredo da série é bem dirigido, e te prende, mesmo sem acontecimentos mirabolantes, o que é legal, pois a história é ‘limpa’ e te prende mesmo assim. Com a dose certa de drama, romance, e como já havia dito, muito humor.
6)      A série tem algum fator X, eu não sei explicar o que, só sei que tem algo de muito especial nela.
7)      A forma como a primeira temporada terminou deixou um gosto ENORME de quero mais, e a segunda temporada super promete.
8)      Hart of Dixie tem um bom retorno no EUA, e todos sabem como  é difícil séries se fixaram com glória na primeira temporada. Ou seja, tem um motivo para isso, não é? (ou vários)
9)      É o tipo de série que atinge todo tipo de público, jovem, adulto, homens, mulheres  ou seja, não tem aquela velha desculpinha de ser série de mulherzinha, ou de ser boba, ou sabe-se lá qual outro estereótipo resolvem usar.
10)  E, claro, para massagear um pouco da blogueira que vos escreve, eu recomendo, e se eu recomendo é porque vale á pena. Haha =P
11)  WADE. (L)
                          Beijo,G.





quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Porque definições não definem.

Odeio procurar palavras no dicionário, em parte porque sempre achei um saco, me dava uma preguiça enorme. Agora vejo que não é só isso, os significados que estão lá aprecem tão pouco, a relação significado – significante é tão mais do que uma simples definição.
Olhei o significado de saudade –‘Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas.’ Pensei: É só isso? Não é, não pode ser. Essa definição não era o suficiente para explicar o que eu senti ao ver aquele vídeo do meu colégio, nunca ex,, eu ri, fiz piada, mas na verdade senti lágrimas brotarem. Aquilo tudo foi minha vida por tanto tempo, eu ainda lembro de quando o odiava no começo...E, agora eu só tenho minhas lembranças. Claro que sempre que posso vou lá, e sei que ainda é meu lugar, sempre será de alguma forma, mas nunca como antes, da maneira que foi. Dentro do de mim eu vejo tudo, como em um filme que acabou, e por mais que as reprises venham na minha cabeça, são só reprises. O que pareceu me resumir durante tanto tempo, infância, pré-adolescência, adolescência, e agora, eu, eu e minha essência. Eu mudei, mas ainda sou a mesma. E, aquele lugar é meu, só que acabou do jeito que era. As aulas, chatas ou não, até das chatas sinto falta! Os meus amigos, ainda sinto dor quando penso em nunca mais vê-los diariamente. E, os meus professores? Eles que tanto me inspiraram, ainda me vejo sendo colega de trabalho deles, imaginem só, está lá de novo, fazendo o que fizeram por mim.
Eu sei que nunca nada mais era o mesmo, e isso dói. Mas, também sei que ‘nada vai mudar o que ficou’, e nada mesmo vai mudar, está tudo aqui comigo, fazendo parte para sempre de quem eu sou. E, depois de ter falado tudo isso sobre saudade, amor, ainda sei que é pouco. Definições não definem.
                               Beijo,G. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Então, no que é?

No que você está pensando quando fica calado olhando para o nada? No que pensa quando escuta sua música favorita? E, quando faz sua trajetória diária, olhando pela janela do ônibus? Eu penso em tudo, nunca consigo não pensar, chega até a ser meio cansativo. Sempre estou pensando em algo, até que o cansaço bate e eu durmo de vez.
Você também pensa nos seus sonhos? E fica imaginando como eles vão acontecer, apesar de sabermos que raramente as coisas acontecem como planejamos, e no fundo também sabemos que isso é bom.
Em quem você pensa? Há tanta gente que me ronda, quem é, quem foi até, talvez. Sempre penso muito nos meus amigos, é só que eles são muito quem eu sou, eles me formam, estão entranhados em mim.
 Lembrei agora de que ás vezes quando eu passo de carro pelos lugares, distraída com meus fones de ouvido, em meio aos devaneios, penso nas pessoas, passo por casas, prédios, e imaginando quem mora lá, como é sua vida, fico olhando as pessoas passando e pensando em como é a vida de cada um. Me vendo em cada lugar diferente, em cada vida. Você já fez isso?
Hoje eu relembrei o passado, a Letícia lembrava de coisas das quais nem eu lembrava mais, e eu de coisas que ela não lembrava. Uma vez eu subi na cortina do meu quarto e a derrubei. Engraçado, parece algo tão meu, mas tão longe. É verdade, não é? Cada momento, por mais bobo que possa parecer, é único, nunca vai voltar. Não gosto de pensar nisso, talvez porque eu me apegue demais ao passado, o futuro pode ser excitante, mas também assustador.
 Hoje eu vi também como as vidas se cruzam, mas são diferentes, e eu tenho tanto a agradecer, e nem sempre lembro, começando pela mãe que eu tenho. É, eu tenho que agradecer, mas mesmo assim ainda me vejo perdida em tantos sonhos que fico querendo alcançar, com todo meu desejo, como todo meu eu. E, assim eu me perco, no mundo, no meu mundo, e no dos outros também. Será que você também estava pensando nisso? Você se perde em devaneios também?
                                  Beijo,G. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Página no Facebook!




Olá, gente. Então para facilitar nossa interação e a divulgação do blog criei essa pa´gina no face, ok? Todos curtindo e interagindo!
                         
 http://www.facebook.com/OMeuMundoCultural

   Beijo,G.

O verão que mudou minha vida – Jenny Han.


Belly está no auge da sua adolescência, e finalmente o verão chegou, a melhor época do ano, a melhor tradição – passar o verão na casa de praia de Susannah, a melhor amiga de sua mãe, e uma das pessoas que Belly mais ama, além dos seus dois filhos, e garotos da sua vida: Jeremiah, o melhor amigo e Conrad, a paixão (não tão) secreta – mas, nesse verão as coisas serão diferentes, de todas as formas possíveis.
Bem, “O verão que mudou minha vida” me encantou bastante, os personagens são cativantes, a forma como Belly narra a história te faz se sentir lá, naquele verão maravilhoso, verão que muitas de nós já tivemos ou sonhamos em ter. Imaginem só um livro que reúne toda aquela sensação de férias, de novidades, festas, não tem como não se inserir nesse cenário. Mas, não é só de diversão que se faz um verão emocionante, amizade, romances, relações familiares também mostram sua importância. O livro vai te fazer rir, arfar com o vai e vem da vida amorosa de Belly, e se emocionar, pois diferente do que ocorre com boa parte dos livros, o foco de tudo é na amizade, e isso super me emocionou.
É engraçado porque há algo de nostálgico nele, talvez por ser sobre uma fase que conhecemos e vivemos bem, talvez pelo final do livro. Este é leve, não é cheio de mistérios e aventuras, mas essa simplicidade é o que justamente o torna especial, é algo real, seu, sabe? E, por trás de tanta leveza há algo bem importante, de alguma forma você se identificará e me entenderá. Há, outro detalhe, afinal os detalhes que estão por trás das coisas importantes, o livro é cheio de flashbacks de outros verões de Belly, quando mais nova, e esses flashs dão um toque muito especial, te faz entender melhor Belly e tudo o que se passa na sua vida. Enfim, eu super recomendo, é uma leitura gostosa e especial.
                      Beijo,G. 

sábado, 22 de setembro de 2012

Pela janela da nostalgia.

Sabe aqueles dias nos quais o passado te invade? Pois é, ele vem assim do nada, quando você percebe se pega pensando nas coisas que já viveu, nas pessoas. Você meio que abre a caixa, e depois que abre todo aquele sentimento te invade, tão perto, tão longe. Eu ainda lembro de como eu achava que nada mudava, que tudo era para sempre. Todas as pessoas, todos os momentos. Mas, não é. Não que eu tenha me tornado cética, longe disso. Mas, agora eu sei que o ‘pra sempre’ não vale para todos, sim, é válido para alguns, mas outros simplesmente se vão, com ou sem motivo, por algum motivo que eu ainda tento entender. ‘É a vida’, vocês dizem, certo? A vida pode ser bonita, mas também pode ser cruel. É meio irônico que eu goste de novidades, odeio está sempre no mesmo lugar, na monotonia, mas tenha medo de mudanças. Perto de sair do colégio eu tinha tanto medo de enfrentar o mundo lá fora, de não ser boa o suficiente, forte o suficiente, ás vezes eu ainda tenho. Deixar meus amigos, ser deixado por tudo que faz parte de mim, mas o que faz parte de você não te deixa, de um jeito ou de outro. A faculdade é bem diferente do colégio, me diziam. Lá eu encontrei abrigo, me encontrei, e aprendi a ser forte, fui testada, a vida vai te obrigando a crescer, é bom, mas não é fácil. Fico aqui com saudade do que não vai voltar, eu ainda sinto aquele aperto, mas eu também penso no que ainda vai vir. Agora o mais importante de tudo é pensar no que eu tenho. Porque sabe como é né, a vida é meio maluca, nunca se sabe o que vai acontecer ao virar a próxima esquina. Eu sempre senti demais em tudo, isso nunca muda. Eu sinto pelo o que deixou de ser, e pelo o que é, pelo o que será. Dizem que você tem que perder algo pra ganhar coisas novas, tem que deixar ir o que não é pra permanecer, mas não deixa de doer por isso. Porém, ao olha a linha tênue do horizonte, passado, presente e futuro se misturando, e você se perguntando se ainda é quem você era, se é quem gostaria de ser, se perguntando se está com quem você deseja está, ninguém que está sozinho. Está só é doloroso. Acho que independente de onde a vida te leva, se você tá com quem deve está vai dá tudo certo. O passado vai, mas fica. O presente é vida. E, o futuro, bem, você tem que fazê-lo ser, e esperar da vida o resto. 
                        Beijo,G.

domingo, 16 de setembro de 2012

The Oc.

Dez motivos para você assistir The Oc

1) Sim, a série acabou já faz tempo. E, o fato de eu ainda amá-la e está postando sobre esta aqui é um dos motivos. Afinal, a série acabou em 2007, e cinco anos depois aqui estou eu dizendo que vale á pena assistir, pra quem nunca assistiu, pra quem já assistiu e sente falta. Aliás, tem como não sentir?

2)  The Oc tem uma história incrível, que te emociona, e te faz rir muito (viva o senso de humor Seth Cohen. <3), repleta de reviravoltas que vão te deixar maluco!


3) Os personagens são incríveis, e a forma como eles vão se desenrolando, crescendo ou até mesmo se perdendo, é incrível, não tem como não ser cativado.

     4)   Os casais são lindos e apaixonantes, e todo mundo gosta de um bom romance, ou bons romances, no caso. Mas, o principal não é isso, é a amizade, nosso quarteto favorito tem uma bela história de amizade, e sabemos que amizade é uma das coisas mais importantes que temos no mundo.

     5) A trilha sonora! Quantas músicas incríveis já descobri por conta de The Oc? Emocionando-me com Hallelujah, ou com Dice, ou cantando CALIFORNIAAAAAA HERE COME.

     6) As cenas mais incríveis de beijo. Afinal, tem como não querer imitar nossos lindos Summer e Seth fazendo o spider-man Kiss? Ou, o primeiro beijo de Marissa e Ryan na roda gigante? <3 Me chamem de boba sentimental mas essas cenas sempre mexeram com meu coração. Haha

      7)   É surpreendente, até demais. (Vocês que já assistiram sabem do que estou falando). E, só é bom quando é assim, não é? Cheio de surpresas, querendo te fazer saber o que vai acontecer, vibrar quando acontece, ou não.

      8)  Não, The Oc não é uma série de riquinhos mimados. Esta te faz aprender, e muito. Sobre amizade, amor, problemas com os pais, problemas com o que a sociedade quer te impor, problemas ao usar álcool e drogas pra fugir dos problemas, adaptação á uma nova vida, fuga de uma vida fadada ao fracasso, você tem que ter esperança, tem que saber reconstruir sua vida, mesmo quando ela parece desabar. The Oc é mais, é muito mais.

      9)  Essa série é um marco nas gerações, é cultura pop. Sério que vocês acham que isso não tem um motivo especial?

     10)   Eu amo, eu recomendo, logo vocês sabem que há um ótimo porquê pra isso, um fator X.

                Beijo,G.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

words, letters,letter.

Charles,
Estou lhe escrevendo porque há coisas que você precisa saber, sobre ela. Preciso te alertar caso queira entrar nessa, nela. Há coisas que você precisa saber caso queira correr o risco, porque não deixarei mais que ninguém que não a entenda a faça crer no contrário.
Você tem que saber que ela não sabe o que é meio termo, ela é intensa, não sabe sentir pela metade, por isso a maioria das coisas tem um peso duplo pra ela, o bom e o ruim. Ela é determinada, e cheia de sonhos ambiciosos, você tem que encorajá-la, apoiá-la, tem que lembrar de vez em quando de como tem orgulho de quem ela é. Ela sabe disso, mas esquece. E, por conta disso quer ter o controle das situações, fica planejando as coisas do jeito que acha que devem ser, ela sabe que a vida não é assim, e nem ela deveria ser, mas é. Você tem que resolver isso, tem que surpreender, fazendo o que ela não espera, o justamente o que ela espera sem esperar, você me entende Charles? Eu sei que sim. Você só tem que amá-la, ela tem que saber disso. Você deve cometer um exagero uma vez ou outra, mas você deve mesmo mostrar nos detalhes, aquelas coisas bobas nada bobas. Você sabe que ela fará tudo por você. Ela não é boa em esconder o que sente, e ás vezes se sente no lugar errado. Mas não com você ali. Vocês irão sonhar juntos, e brigar, por besteira, ou não, mas vocês saberão resolver isso. Você tem que fazê-la crer no ela já crer com medo. Mil facetas ali pra você descobrir, e ser descoberto, porque nós sabemos que o legal é ser diferente. Cartas. Coisas antiquadas. Você sabe do que ela gosta. Mas, nem sempre fará isso, porque você não é um fantoche, e ela gosta disso em você. Embora, goste mais ainda quando você resolve ceder á algum capricho dela. Ela é caprichosa, talvez meio mimada. Mas, ela gosta dos seus defeitos. Perfeição demais é chato, sabemos. Pode ser simples, e ás vezes complicado, mas é, só é. Não há outra opção. Quando ela souber que você é você, irá te escrever cartas e ficará sem graça sem olhar pra você, e ela que sempre te olha, é sua chance de usufruir dessa situação. Porque ela adora quando tem o controle, mas adora quando você o toma dela. Vocês vão rir de besteiras, e ela vai segurar sua mãe e te apoiar quando você precisar. Ela é uma boa pessoa, mas tem o lado mauzinho que te diverte, você sabe. Você não tem que ser perfeito, você só tem que ser você, e isso o torna perfeito pra ela. Irão compartilhar os gostos musicais mais secretos. Rir. E, na hora de chorar ela vai tá lá, e ela quer te ligar quando tiver zangada, entediada, chorona, e ela vai usar a TPM como desculpa, embora nem ela mesma saiba o que causa aquelas mudanças de humor. Ela não gosta de conversar no carro de manhã, aliás andar no carro só se for ouvindo (e cantando) as músicas. Você vai assistir aqueles filmes antigos que ela gosta. E, ela vai  fazer cafuné em você. E, vai te cobrar também, pode apostar. Você gosta da forma como ela defende os amigos, e ela gosta da forma como você fica bonitinho com ciúmes. Aliás, meu Deus como você são ciumentos. Vocês são tão parecidos e diferentes, e se complementam, e sabem disso. Vocês se conhecem desde os seus sonhos, mesmo sem saber, e se encontraram na hora certa, você sabe disso, você só tem que dizer a ela. Vamos, ela está esperando por você, mas você sabe que ela não irá esperar pra sempre.

               Beijo, G. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Aqueles dias nos quais você fugiu.

Era uma vez uma princesa. Ela foi criada a vida toda para seguir esse destino, e sempre o quis, desde pequena admirando a coroa da mãe, desde pequena adorada pelo povo, com todo o destino traçado aos seus pés. Mas, ser uma princesa não é fácil como mostram boa parte dos contos de fada. Com o passar dos anos a magia foi se esvaindo e a pressão para ser perfeita aumentando, a boa garota cansando de ser boa assim. Qualquer erro era visto por uma lupa de aumento, qualquer erro tinha grandes consequências. O carinho do povo era sincero, e uma das melhores recompensas. Mas, a ambição em torno da coroa trazia invejosos e interesseiros, sabia de poucos verdadeiros ali. E, o amor simples e puro das historinhas com certeza ficava só na historinhas, o destino era casar por conveniência, fora os canalhas interesseiros que a cercavam. Um dia tudo aquilo explodiu, como se as cortinas caíssem no meio daquela encenação.
- O que você quer dizer com isso?
- Ora, não se faça de desentendido! Há muito tempo que nosso casamento é uma farsa, aliás, deve ter sido desde o começo...Mas, me trair assim, na cara de todo o reino! Olhe a humilhação que você me fez passar! E, nossa filha? Você não pensa nela?
- Não se faça de vítima, você também é culpada...Depois que eu te der uma nova joia você esquecerá! E, não meta Ana nisso, aliás, ela anda meio rebelde, você não sabe ensinar sua filha a se comportar?
- Agora você acha que eu me vendo, é isso? Você que é um péssimo pai! Qual exemplo de casamento você quer que ela tenha?
- Bem, você se casou comigo por um acordo que seu pai fez, sua família falida, esqueceu? Não me venha com essa...
Ela só correu, não podia mais ouvir, tudo no qual ela sempre acreditou, tudo que a tornara quem era estava desabando. Primeiro, descobrira a falsa amiga que sua prima era, e descobriu isso da melhor maneira possível, a pegou na cama dando uns amassos com seu futuro noivo, isso mesmo. E, o que sua mãe havia dito? “Não ligue para isso, ela é só um brinquedo, é com você que ele vai casar, e melhor partido não encontrará” Isso era coisa que se falasse? E, agora isso. Os pais. A farsa. Ela havia sido tão cega. O que restava agora? Algumas poucas pessoas que ela tinha certeza da amizade e do caráter. O resto? Quem poderia dizer? Ela precisava ir embora. Pensava no seu povo, mas nem isso conseguia ser motivo suficiente. Seus sonhos, sempre foram tudo pra ela. Mas, agora eles haviam desmoronado. “Em meio aos problemas não fuja, enfrente-os, de cabeça erguida, não deixe de acreditar, esse é o seu destino”, dizia o pai. Qual significado isso tinha agora? Antes que se desse conta havia pegue suas coisas, o mais importante, deixado uma carta e partido. Ela sabia para onde ir.
- Sophie, o que você tá fazendo aqui? E, com todas essas coisas...vamos, entre, você tá com uma cara...
- Ana, ninguém do reino pode saber que eu estou aqui, tá? Por favor, não conte que eu irei te explicar tudo.
E, assim Sophie contou tudo. Ana era uma das suas únicas confidentes, desde que Sophie a ajudara quando havia sido humilhada pela sua prima, elas haviam sido tornado grandes amigas. Ana era leal, e isso era tudo que Sophie precisava agora. Elas passaram o dia fora, havia uma taverna afastada do reino, era rústica, diferente do que Sophie conhecia, e talvez por isso mesmo bem mais divertida.
- Então, você tá gostando? Não é muito seu estilo é?
- Bem, definitivamente é diferente, ou seja, é tudo que estou precisando agora.
- Então, a princesa se rebelou? Ana, você influenciou a realeza com sua rebeldia, que feio. – disse Victor, era o irmão mais velho de Ana. Era bem bonito, apesar de ser o oposto do que os pais queriam para as filhas, por ser do tipo rebelde e desleixado, sem falar nas brigas com uns caras da corte, entre eles Henrique, seu ex quase namorado. O que agora quase a tornava sua fã.
- Você contou pra ele?
- Como você acha que vai se manter escondida aqui sem a minha ajuda? Ana pode ser rebelde para os seus padrões, mas o gênio aqui sou eu. Haha
- Ai meu Deus, Victor, cala a boca! Ana apesar da arrogância, precisamos do meu irmão. Ninguém vai te achar com a ajuda dele.
- E, por que eu devo confiar nele?
- Nossa, princesa, desde quando você é tão desconfiada?
- Não é da sua conta, e pare de me chamar assim, alguém pode ouvir.
- Olha, eu sei o que você já fez pela minha irmã, e apesar dela ser bem irritante, é a minha irmãzinha. Então, eu tenho uma dívida de gratidão com você.
- Certo. Eu preciso de um tempo longe mesmo. De tudo.
- Vamos fazer algo que faça você parar de pensar.
- Ah, se eu soubesse de algo que me faz parar de pensar já o teria feito.
- Sophie, você é plebeia agora, faça o que tem vontade de fazer. Vamos, me diga algo.
- Eu já sei o que quero fazer. – E, como em um impulso involuntário, ela subiu no “palco” da taverna, e começou a cantar, aquilo parecia dá certo, e realmente ninguém sabia quem era ela. Era bom ser outra pessoa.
- Você foi ótimo, Sophie! Depois dessa, como uma boa amiga que sou, irei cantar também. Vamos continuar o show.
- Vai lá, Ana!
- Sabe, eu pensava que as princesas tinham voz de anjo ou algo assim...
- E, quem é que é princesa aqui?
- Você tá mesmo chateada com essa história de ser princesa, não é? É ruim assim?
- Não, tem o lado bom, e foi tudo que eu sempre quis por muito tempo. Mas, a minha ideia de ser uma princesa era muito mágica, e o mundo não é assim. Toda a cortina que me escondia a realidade caiu, e eu não quero mais viver nesse mundo de ilusões.
- Foram tantas assim?
- Sim, foram. Posso te dar a lista depois. Sabe, quando se é uma princesa você sente que tem que ser sempre perfeita, há tanto peso... Eu sempre tenho que acreditar, e eu sempre adorei isso. Mas, agora...parece besteira.
- Bem, eu como meu bom estereótipo de rebelde manda, nunca gostei muito dos nobres, mas sempre a vi como uma boa princesa, boa demais, todos adoram você, você sempre faz o que é certo...
- Nem sempre, e quando eu não faço as consequências são enormes. Ás vezes cansa ser a garota boazinha, ás vezes parece que não há uma recompensa.
- Bem, deve ter. E, todos precisamos acreditar em algo.
- Bem, no momento eu não estou podendo muito.
- Não tem problema, na hora certa você vai. Na verdade, não se preocupa com isso, não pense em nada, só viva.
- Sim, vamos brindar a minha nova vida. Eu preciso disso. Ser a minha outra eu para descobrir a verdade sobre quem eu sou, e sobre o que eu acredito.
- Belas palavras, Sophie. Bem, tenho outra ideia de algo que a outra você não teria feito.
- O quê?
- Dançar comigo.
- Bem, isso não é verdade. Mas, eu não preciso de mais problemas agora, e você me cheira á problemas.
- Você é praticamente uma princesa fugida, e provavelmente a garota mais complicada daqui no momento, acho que o problema aqui é você. Mas, eu não ligo. É só uma dança, não seja arrogante, vamos.
- Bem, se você quer tanto dançar com alguém problemática e destruída como eu, o prejuízo é todo seu.
Ele só sorriu. Era divertido dançar, e não pensar, pensar a algum tempo havia se tornado tão cansativo. Fazer coisas para se sentir viva, viver sua outra eu, era tudo que ela queria agora, quem disse que fugir não tem suas vantagens?
                             Beijo, G. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Na sacada com as estrelas.

Eles estavam sentados na sacada, no meio da madrugada, como dois íntimos desconhecidos.  E, não precisavam fingir nada, ninguém estava tentando impressionar ninguém, eles só queriam conversar.
- Você também acha incrível a vista daqui?
- Parece que você é o dono do mundo. Ou, pelo menos da cidade.
- Eu sempre quis ter um lugar meu, para fugir quando o mundo desabasse, ou apenas para pensar. Ás vezes acho que penso demais. E, mesmo assim não é o suficiente, na hora de sentir eu acabo fazendo besteira.
- Acho que eu nunca penso demais, na hora eu ajo por impulso e pronto, mas daí faço muita besteira.
- Se pensando demais você faz besteira, e não pensando demais também, o que devemos fazer?
- Nada. Fazer besteira. Se arrepender. Ou não. Aprender.
- Eu sou espontânea, dizem. Não consigo ouvir o que penso. Quer dizer, eu penso, penso, mas só consigo sentir o que sinto. Não consigo ficar no meio termo das coisas, é sempre demais, sabe?
- Não. Sempre é de menos. Eu fiz uma parede para não sentir mais, pra não doer mais, e agora eu só não consigo mais...sentir, digo.
- Nós podíamos aprender um com o outro.
- Já estamos aprendendo, eu não costumo sair por ai falando dessas coisas.
- É bom não é? Pode falar dessas coisas, que você não imagina dividir.
- Sim, é realmente bom. É como ser livre e gritar daqui de cima.
- Então vamos fazer isso! Gritar daqui de cima! O MUNDO É NOSSO!
- Você é meio maluca, você sabe né?
- Isso é uma crítica ou um elogio?
- Uma constatação...um elogio.
- Bem, pessoas muito normais são enfadonhas. Tenho essa teoria. Sempre saber o que o outro vai fazer, pensar o mesmo que todos, é chato, extremamente chato.
- Sim, acho que você tem razão. Por exemplo, se eu te beijar agora vou está sendo surpreendente.
- Não vai não, na verdade, esse é o passo esperado de um cara sentado no meio da madrugada em uma sacada com uma desconhecida.
- Uma íntima desconhecida!
- Seria surpreendente agora, sabe o quê? Dançarmos! Eu sempre quis fazer algo assim.
- Já não fizeram isso em algum filme? Isso não torna o diferente clichê?
- Boa resposta. Mas, os clichês são necessários, ué. E, é divertido. Vamos!
- E, depois de dançarmos?
- Depois é depois, a gente tem vê o que acontece depois. Uma parte do filme de cada vez.
E, assim dançaram a noite toda, os desconhecidos que já eram mais íntimos do que muitos conhecidos por ai.
              Beijo,G.

domingo, 2 de setembro de 2012

Le fabuleux destin d'Amélie Poulain.



Le fabuleux destin d'Amélie Poulain” definitivamente é um filme especial,e provavelmente vai te fazer refletir, e com certeza é difícil contá-lo, explicá-lo, quase tanto como é impossível este não tocá-lo.
Ao som de Yann Tiersen, conhecemos Amélie, uma garota nada comum, que desde a infância foi privada uma vida convencional, não mantendo muitas relações com o mundo lá fora, se fecha em seu próprio mundo, e assim a vida vai parecendo mais fácil, você controla o seu mundo, logo nele as coisas saem do jeito que você quer. E, assim Amélie vai vivendo, até que em um gesto sutil o destino muda tudo, ao encontrar uma caixa com o “tesouro” do antigo morador do seu condomínio, de quando era menino, e devolvê-lo. Algo simples com poder imenso, que muda a trajetória do homem, pois o faz refletir sobre sua vida, e tomar o controle dela. A partir daí Amélie resolve ajudar os outros, e ao ajudar os outros passa a ajudar a si.
Ao longo do filme, vamos conhecendo a história de vários personagens, cada um deles com sua graça e emoção. Ao viver a vida dos outros Amélie tem medo de tomar os rumos da sua própria vida, com medo de viver sua paixão de forma real, deixando-a presa no mundo dos seus sonhos, até perceber que deve encarar a vida, o amor. Até que recebe um dos conselhos mais sábios e verdadeiros e faz o que deve fazer, encara sua vida, toma o controle, se arrisca. "Então, minha querida Amélie, você não tem ossos de vidro. Pode suportar os baques da vida. Se deixar passar essa chance, então, com o tempo, seu coração ficará tão seco e quebradiço quanto meu esqueleto. então, vá em frente, pelo amor de Deus."
No meio de um mundo gigantesco, com milhões de pessoas que você não irá conhecer, há algo acontecendo com cada uma delas. O filme te faz perceber que você não pode temer a vida, tem que encará-la, você pode suportar a dor, você só tem que enfrentar, e se deliciar com os momentos bons, com o cheiro da chuva, com o riso dos amigos, com o amor, porque a vida é assim, ela te machuca mesmo, mas você tem que levantar, encarar, ninguém é de vidro. É preciso um click para você saber sua forma de viver, ajudar os outros é se ajudar, ajudar a si mesmo é necessário. Le fabuleux destin d'Amélie Poulain” é um filme sobre o amor, mas não só a linda história de Amélie e Nino, é sobre o amor pela vida, pelos outros, pela sua felicidade. É um filme que você deve assistir você simplesmente tem que assistir, porque filmes assim são os melhores. Vocês sabem, é um tempo difícil para os sonhadores, mas não podemos desistir.
                      Beijo, G.