Ela sentia o vento jogar seu cabelo para trás, e
toda aquela adrenalina percorrendo seu corpo. Em parte por estar andando de
moto a toda velocidade, em parte porque estava com ele. Segurava –se nele com
firmeza, a cabeça apoiada em seus ombros, e na sua imaginação aquilo merecia
até trilha sonora, mas a trilha sonora ideal era aquela, o som o vento
chicotear, e do riso deles se misturando. Não precisavam pensar no antes, nem
no depois. O mundo era só deles, mesmo que por um instante. De repente ela pensou
que poderia ficar nessa cena para sempre.
- Um doce pelos seus pensamentos. – E, então ele
deu aquele sorriso, não havia outra descrição. Era o sorrido mais adorável e
sexy do mundo.
- Você sabe o quanto essa frase é cafona e
antiquada? – e fez uma careta antes de sorrir.
- Sei, eu estou sendo divertido. Haha E, até onde
eu sei você gosta de coisas antiquadas.
- É, acho que você está certo. Mas, ainda assim,
um doce é muito pouco...
- Chocolate? – e dizendo isso ele arqueou a sobrancelha,
parecia que ele sabia que ela não resistia aquilo. Ele deveria saber, ás vezes
ele tinha aquela mania irritante de parecer ler seus pensamentos. Ás vezes, ela
gostava de está no controle também.
- Garoto esperto. Só teria sido mais se soubesse
que o fato de você está usando essa jaqueta e me levando para nessa moto já não
tivesse me convencido.
- Ah, eu claro que eu sabia. Porém, sou um cara
legal. E, esperto para perceber que você está me enrolando. Fala logo.
- Bem, eu só estava pensando que queria ter dado
pausa nessa cena. A gente na moto e tudo mais. E, você, no que pensava? – e ela ruborizou, ela odiava quando isso
acontecia, porém ela sabia que ele adorava. De certa forma acaba sendo meio irresistível
para ele.
- Estava pensando em como eu tentei me convencer
de que não me apaixonaria por você. Usei isso como desculpa para continuar
próximo de você mantendo a guarda alta.
- Bem, fico feliz que seu plano não tenha dado
certo.
- Eu também.
Eles não precisavam falar mais nada, eles já
sabiam tudo, eles não precisavam pensar em mais nada. O mundo se resumia ao presente,
á eles.