Compartilhando até dos porquês que nem eu entendo.


Compartilhando os porquês que nem eu entendo.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Os heróis de cada mundo.

Milhões de pessoas caminham nesse exato momento. Milhões de pessoas seguem em frente e outras ficam presas aos seus leões. Milhões de pessoas sorriem enquanto outras choram, esperando a salvação. Como quando o chão parece desaparece sobre os seus pés e nada faz sentindo enquanto gritos desesperados imploram ''alguém me salve, alguém me salve'', mas a salvação fica cada vez mais difícil em um mundo de almas perdidas. O mundo precisa de heróis, mas cada mundo têm os heróis que merece. Nesse aqui os heróis roubam, mentem, são superiores por ter o celular do ano, são superiores por irem às melhores festas, são superiores os que falam as maiores besteiras. Um mundo destruído pela falsa grandeza de cada um, castelos de cartas desabando a cada mentira. Mais vozes desesperadas perguntam ''onde estão os heróis?'', eles estão lutando por poder, poder pelo poder e por mais nada. E mais um vez o céu escurece e o chão desaba sobre seus pés em meio a solidão, em meio a saudade... alegrias efêmeras se despedem e te deixam um buraco no meio de onde deveria ser o coração. Você irá salvar-se por conta própria, nesse mundo você tem que salvar a si e aos outros. Você é seu próprio herói em tentar cumprir a difícil missão de mostrar ao mundo que só o amor irá salvá-lo.

                             Beijo, G.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Sobre batalhas.

  A luz do sol invadia o quarto e a acordava. Mais um dia. Esperava um tempo na cama enorme perdida em pensamentos, era difícil para ela não pensar de mais. Deu um longo suspiro, e por fim levantou-se. Ao analisar seu reflexo no espelho viu que não era mais a princesa que costumava ser, parte da inocência fora perdida durante a guerra, não só a inocência, perdera muito mais. Perdera pessoas amadas, perdera, de certa forma, sua juventude. Agora toda a responsabilidade do reino fora lhe incumbida. Ainda eram tempos de luta, a guerra nem sempre acaba quando termina.
  Limpava a espada espelhada observando o reflexo refletido, ela própria lhe parecia tão estranha, uma quase desconhecida, cheia de dúvidas mas sem tempo para tê-las. Agora era uma mulher, uma guerreira, uma sobrevivente. Era a rainha do Forte. Perdida em seus devaneios lembrou-se que era hora da luta, havia mal por todos os lados, querendo tomar o reino, invadi-lo com seu negrume, destruir tudo de bom que ainda insistia em permanecer. Todo dia era uma luta, não haviam muitos motivos para sorrir. Mas ainda restava esperança na sua alma, lá no fundo lá estava ela, brilhando como uma chama no meio de uma floresta negra. 
  Olhou o medalhão com a foto das pessoas que amava e prometeu mais uma vez. "Não irei fraquejar". Um dia daria certo, um dia finalmente ela venceria de vez. "Uma luta de cada vez, querida. Só se pode matar um leão por dia". Ela adorava esse conselho, não que quisesse matar leão algum. Olhou seu reflexo na espada mais uma vez, pôs a coroa, guardou a espada no cinto e saiu. "Não irei fraquejar". 


                                                                       Beijo, G.