“O Morro dos Ventos Uivantes” me deixou intimidade, não é só
por ele ser um clássico dos clássicos, já que me sinto íntima das obras da Jane
Austen, e sim por ele ser tão diferente e complexo. É o tipo de livro que clama
por sua total atenção, e te faz questionar sobre até onde nos iremos por um
amor enlouquecedor, afinal Heathcliff
é um monstro ou uma peça que foi danificada pelas dores da perda de um amor?
Esse é o único romance de Emily Brontë e causou uma grande polêmica na época,
pois quebrou o Romantismo idealizado e trouxe personagens repletos de
dicotomia, sendo várias vezes a personificação não só do amor, mas do ódio.
Nossa história começa na fazenda chamada “Morro dos Ventos
Uivantes” (tcham ram!), quando o patriarca da família Earnshaw resolve
fazer uma viagem e traz consigo um pequeno órfão, Heathcliff, cuja a procedência ninguém sabe. Este é amado pelo o patriarca da
família e sua filha, Catherine, mas desperta o ciúmes e inveja de Hindley. E,
assim após a morte do patriarca, Heathcliff
perde seu protetor e passa a ser maltratado por Hindley, sendo tratado como o
pior dos serviçais. A amizade entre Heathcliff e Catherine se transforma em
uma paixão avassaladora, em meio todas as diversidades. Porém, ao conhecer o jovem Edgar Linton,
bonito e rico, essa fica encantada e resolve casar-se com ele. Essa sucessão de
humilhações faz com que Heathcliff fique ainda mais amargurado, indo assim
embora do “Morro Dos Ventos Uivantes”. Anos depois Heathcliff volta, riquíssimo
e disposto a reconquistar Catherine, amargurado por ter sido trocado, mas ainda
amando-a. E ai vem o triângulo amoroso entre Heathcliff, Catherine e Edgar.
Catherine vive dividida, e mantém os dois apaixonados por ela, dispostos a
fazer tudo o que está quer. Catherine tem a personalidade forte, e de tanto
ver-se presa á essa teia amorosa, cujo amor por Heathcliff é óbvio e imutável,
e me permitam ir contra a opinião de vários leitores e críticos e dizer que:
acredito em amar também Edgar, um amor mais tranquilo e sereno. Mas, Catherine
não tem tempo para tomar uma decisão concreta, morre nos braços de Heathcliff,
deixando sua filha, também chamada de Catherine.
Mas, se você está pensando “ah, a imbecil da
Geórgia contou toda a história” (risos), calma, vocês sabem que eu não gosto de
fazer isso, afinal perde a graça, não é? Isso é apenas a metade do livro, e de
forma de resumida, nada que se compare aos ínfimos detalhes. O livro é repleto
de reviravoltas, quando eu terminei de ler passei uma boa hora pensando em
todas as mudanças. É intrigante, e se você gosta de personagens instigantes e
que não fazem o que você espera que faça, eu super recomendo. Claro, tem uma linguagem
mais formal e o começo é lento, como a maioria dos clássicos. Mas, vale á pena.
Surpreende. Emociona. Intriga. Fascina. É algo tão real e irreal ao mesmo
tempo. Leia.
Beijo,G.
O livro da minha adolescência e do resto da minha vida. Conflitos psicológicos fascinantes e indecifráveis ! A dica é boa, e a leitura melhor ainda !
ResponderExcluirConcordo demais, é um livro que marca sua vida!
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