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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sobre as coisas que não se tem coragem para dizer.

A sensação que eu tenho quando estou começando a gostar pra valer de alguém é a de que estou em um avião que vai cair a qualquer momento, ou então só eu serei expulsa, jogada no ar, sem nenhuma defesa, sem para quedas. Como se eu estivesse no Titanic, a Rose sendo deixada para trás sem o Jack, sem bote salva vidas ou sei lá o que mais há para te salvar. Essa é a sensação do meu medo e covardia, logo eu que faço questão de ser a heroína, a rainha ou a princesa guerreira, e não, jamais, a donzela em perigo. Mas é que já fui tantas vezes expulsa do avião em pleno voo, jogada com tudo pelo céu tempestuoso. Então encontrei uma solução:  saltar do avião antes da queda, pegar o para quedas e saltar antes da hora. Mas nunca funciona.
 Será que eu afastei quem eu não deveria por conta de quem realmente me machucou?  Ou será que eu estou prestes a passar por esse maldito dejá vu de novo? O meu problema é achar que posso controlar o incontrolável. Logo eu achar posso controlar os meus sentimentos, a mais sentimental das criaturas. Faço auto sabotagem achando que isso é ter o controle da situação, mas ao invés de ter o controle eu só estou estragando mais as coisas. Talvez eu só esteja estragando o que já iria ser estragado de qualquer forma. Como saber? Vale à pena se arriscar ou eu já cansei disso? É uma sina e eu não enxergo muitas saídas ao meu redor.
Eu gosto de controle, mas a vida já me disse que não tem como controlar o incontrolável. Eu não controle quando faz chuva ou quando faz sol, muito menos quando a tempestade para e nasce o arco íris. Eu não controlo nem a mim mesma. Eu sou uma bagunça esperando ser consertada, quando eu mesma deveria me consertar. Como a droga de uma princesa em apuros, esperando a droga do príncipe para vir salvá-la, já que não sabe mais como fazê-lo por conta própria. Ou uma rainha presa nos muros do próprio reino que criou. Hoje eu só queria ser salva. Mas eu sou a responsável pela minha salvação ou destruição, eu criei este reino e eu o governo. Ou desgoverno e me desgoverno junto.

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