Achava um saco a maioria da forma de viver a vida das pessoas, e morria
de medo de “acabar” assim. Ela queria emoção, amor, drama, comédia, ação, ela
queria tudo. Ela lutava, tinha uma determinação admirável. Mas às vezes até
mesmo ela caia, caia quando não via algo com o qual sonhava acontecer, caia quando
achava que tudo aquilo finalmente estava começando e estancava. Ah, talvez você
não a entenda, mas ela não te culpa. É justamente isso o legal, nem todos te
entenderem, porque imagina só que legal encontrar alguém que entenda tudo isso,
é meio que uma forma de completar esse vazio que ficava escondendo em uma parte
de sua alma. Ah, não a chame de mal agradecida, ela era grata por tudo (ou
quase tudo) que tinha, e ás vezes queria só uma coisa, era só uma coisinha pra
fazê-la completa e ela queria com tanta intensidade! Ah, e isso a machucava
tantas vezes... Ai ela resolvia querer tudo! Ela sabia o que queria, ela era
tão metódica que planejava,planejava o implanejável. Era só que ela sonhava
tanto, queria tanto, lutava tanto, ela lutava sem saber como lutar, ela sabia
exatamente o que queria, mas nem sempre o que fazer pra obter, muitas vezes não
sabia aliás, mas o pior era fazer e não conseguir. Ela desistia por um dia, no
máximo, e depois voltava a querer, sonhar, planejar, porque ela era assim.
Não nasceu pra ter uma vida igualzinha a de todos, porque ela não era
igual, e não me diga aquilo de “ninguém é igual a ninguém”, porque você bem
sabe que tem gente que parece igualzinha á todo o mundo. E era disso que ela
tinha medo, entra tantas outras coisas, de ser igualzinha. Ela tinha medo. Mas
tinha mais coragem, e quando não tinha fingia ter. Ela tem seus mil defeitos, é
bem verdade, mas ela quer tanto que merece, ela quer de um jeito que a vida não
pode negar, ela deve merecer, ela precisa pra ser completamente feliz. Talvez
não basta pegar sua moto, seu conversível, sua limo(ela pode sonhar) ou um
metrô que seja(mentira, não combina com ela.)e sair por aí, ir pra onde sempre
quis, talvez o que faça você está onde sempre quis outra coisa, ou outras
coisas. Ela sabia exatamente o que era, porque era o que lhe faltava, e ela
acreditava que quando viesse ela saberia, e tudo aquilo dolorido e todo o medo
passaria. Ela sempre acabava acreditando, em tudo, em todos, e quase sempre
agradecia por ser assim.
Beijo,G.
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