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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Extraordinário - R.J Palacio



Definitivamente não tem sido uma boa semana. Definitivamente posso enquadrar essa semana como uma das piores do ano. Mas isso me lembrou o Auggie, me lembrou um dos melhores livros que já li, e por isso hoje vou falar sobre Extraordinário realmente ser extraordinário. (haha sou muito boa em joguetes. Desculpa, galera. '-')
  Extraordinário me ganhou por despretensiosamente ser um dos livros mais doces, reflexivos e lindos que já li. Ele não precisou fazer alarde com linguagem rebuscada e uma temática extravagante de um ''olhe pra mim!", apenas mostrou o poder do mundo das aparências e se opondo a isso,o poder do amor (lembrando aqui que amor é amor, não importa o formato desde que seja amor). Isso pode soar cafona mas eu não ligo, e vocês também não deveriam ligar. Afinal, o amor é mesmo a força que rege ao mundo, ou ao menos deveria ser. Agora saindo dos meus devaneios e voltando ao assunto, vocês já devem ter ouvido falar deste livro, e da história do menininho com uma deformação facial. Mas o livro não é sobre isso, não é como se fosse sobre alguém digno de pena. Na verdade, é sobre ser extraordinário nas pequenas grandes coisas, é sobre ser humano em meio a desumanização que parte da sociedade sofre.
  August é excluído por sua aparência. Quem nunca foi? Você é gordo demais! Você é magro demais! Você é pobre! Você é caladão! Você é nerd! Você é feio! Você é puta! Você é estranho! Você é gay! Esses malditos rótulos não são coisas de crianças, são coisas das pessoas. Pessoas imbecis que passam sua idiotice adiante formando assim uma massa de idiotas. E é por isso que rótulos são uma merda, rótulos não dizem quem você é. Por isso gosto de como o livro desmascara o que há por trás dos rótulos, e não me refiro somente ao August, me refiro também aos outros personagens que carregam seus próprios rótulos ao longo do livro.
  Outra coisa bacana em Extraordinário é o tanto de personagens incríveis que conhecemos, além do extraordinário August, vemos a bondade e generosidade em sua forma mais simples através da Summer, e vemos também o desenvolvimento disso em Jack. Gosto de como ele não é perfeito, gosto da capacidade de errar, aprender e consertar. Isso é uma das coisas que mais gosto nas pessoas. Gosto de segundas chances. É incrível como vemos que ser humano está bem aí, em errar e aprender, errar e consertar. Ser humano não significa ser perfeito, e sim dar o seu melhor ao mundo. Ou ao menos tentar, mesmo quando o mundo não te dar o seu melhor.
  Os personagens são ricos, multifacetados, isso tudo em sua simplicidade. Gosto de como podemos aprender e nos identificar com eles. Com os erros e acertos. Você aprender com os pais, aprende sobre família. Aprende sobre amizade. Aprende sobre um diretor e professor incríveis. Você aprende sobre como as pessoas são e podem ser extraordinárias.
  E ah, só pra constar, o livro é dividido em diversos pontos de vista e isso é outro fato maravilhoso e gera uma quebra de expectativa.
  "Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo." E é exatamente isso. O livro é maravilhoso e acho que meio que nos dar vontade de ser uma pessoa melhor. 


                                                                             Beijo, G. 












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