Um dia tinha dezenove e era jovem. Depois tinha
vinte, e sentia-se mais velha. Quem diria em como a vida pode mudar tanto assim
quase do nada.
Imaginando como vai ser o próximo ano e errando feio
com algo que não fazia nem ideia de que podia acontecer, mesmo todos sabendo
que devem se preparar para certas coisas. Não há como se preparar.
A idade não é medida propriamente na literalidade de
ter dezoito, dezenove, vinte, é medida no que você é quando a tem. Uma parte
sua fica, outra vai embora.
Abrir os olhos. Aquela palavra martelando em você. Não posso dormir, não consigo. Uma volta de trezentos e sessenta
graus. Sua vida não te pertence mais, você não é o dono do destino afinal.
Abrir os olhos.
Fechar os olhos.
Abrir os olhos.
Ninguém acordou. Então era real o pesadelo.
A vida não dá trégua e não há um manual para ajudar.
As decepções das pessoas e da vida. Da vida. Da vida. É a vida que te bate, te
empurra e tenta te derrubar. A vida. A mesma que te fez sorrir e sentir-se
grato.
Fácil ter fé quando vai tudo bem.
Caminhar, segui em frente, enfrentando. Tentar ser
forte. Desistir. Tentar ter fé. Se rebelar contra tudo, contra todos. Caminhar.
Continuar. Continuando. Seguindo em frente. Enfrentando.
Beijo, G.
Nenhum comentário:
Postar um comentário