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terça-feira, 29 de julho de 2014

Carta pra ti.

Mais de sete meses. É tanto e pouco. São duas vidas separadas por essa distância. Agora eu sei como é ter minha vida dividida entre um ''com você'' e ''sem você''. Eu queria tanto não ter descoberto. Toda que eu escutar Creep eu vou lembrar de como é não conseguir respirar. E o mais triste é que eu ainda prefiro isso a sentir você se afastando de mim, ficando em outra vida. Às vezes, parece que essa vida é na verdade uma realidade paralela, só isso justificaria te procurar pela casa e não te encontrar. 
 E eu reconstruí a minha vida, todo dia eu reconstruo. Mas a medida que olho para os lados você não está lá, ao menos não da mesma forma de antes, eu consigo algo e fico na esperança de você está vendo. Eu escrevo na esperança de você ler. Eu sempre achei que leitura fosse um pedaço do paraíso, então eu acho que dai de cima dá para ler.  Eu tenho conseguido tanta coisa bacana, conhecido pessoas lindas, ganhando novos amigos. Mas toda vez que eles chegam aqui em casa pela primeira eu ainda te procuro para te apresentar, eu olho para a rede da varanda e fico a esperar, como se você fosse aparecer e ficar puxando assunto com eles, contando todas as suas histórias. Mas você não aparece.
 Eu queria tanto que você tivesse aqui para ver a tia Gê nascer, nem acredito que logo ela nasceu depois disso tudo. Ela meio que me salvou, eles me salvaram. Você me salvou, porque eu sei que tudo tem a ver contigo. "I  wish I was special You're so fucking special". Eu nem acredito que eu tô sobrevivendo "sem você", talvez seja pelo fato de você ainda está aqui, em mim e comigo. 

Eu escrevo aqui e sei que "tanta" gente vai ler, mas eu só queria tanto ter certeza de que você está lendo. Eu sempre gostei de cartas. Queria ter te escrito mais. Mas eu ainda acho que no céu têm livros. Parte de tudo que eu faço é por ti. A realidade é paralela mas o amor é o mesmo, e ainda será, mesmo de um bilhão de anos.

                                                                                                  Beijo, G.

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