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quinta-feira, 19 de junho de 2014

O nascimento da tia Gê.

Eu precisava escrever. Meu corpo estava dolorido, mas eu precisava escrever. Escrever às vezes é como respirar, como viver muito tempo sem ler e escrever? Às vezes o tempo passa e te rouba certas coisas, certos sonhos. Com essa parte ele não poderia mexer, que se danasse a falta de tempo, o cansaço e as outras ''desculpas"! Precisava escrever sobre a volta de 360º que minha vida começará a dar há um tempo que parecia longe e perto.
 Eu pensava em todas as merdas que tinham acontecido e ainda aconteciam e pensava no porquê daquilo tudo comigo, às vezes parecia injusto demais. Outras vezes eu me sentia grata. Eu era assim mesmo, um paradoxo ambulante carregado de ironia onde eu mesma ria da sorte. O lado bom de lidar com uma merda muito grande é que tudo parece irrelevante. Normalmente.
Mas sempre há algo bom, sempre há luz em meio às trevas, etc e tal. Minha luz era meus alunos. Meu emprego começou como um filme de terror e transformou-se no meu romance, no meu xodó. (Sou cearense, afinal). De repente me via cercada de tanta gente fina, elegante e sincera. E fiz alunos, e fiz amigos. E fez vida dentro de mim.
Eu fui lá para ensinar, para me testar, e aprendi. Aprendi com eles a lidar com a vida. Aprendi com minha vó. Aprendi com tantos outros. Então no final das contas, eu tinha mesmo que agradecer por ter isso, nada no mundo pagaria tão bem. Foi o que tinha que ser.
As melhores coisas são as mais difíceis, é mesmo verdade. Eu não desisti e não desistiria. E é isso que eu mais peço à eles. E é isso que eu mais peço à mim. E é isso que eu mais peço à Deus. E é isso que eu mais peço a vida e ao mundo. Não desistir. Não desistir dos sonhos, não desistir do amor, não desistir das pessoas. Porque ás vezes desistir é tão tentador, a inercia pode ser como uma gostosa camada de sono, mas a Aurora nunca foi minha princesa favorita, e olha que eu gosto de dormir, mas odeio inercia.
  O bom é saber que a vida está cheia de possibilidades por ai, e você sabe que tem sede de vivê-las. Eu não posso parar de escrever porque preciso contar essa história ao mundo, a história de como fizeram nascer a Tia Gê em meio a toda a barulheira gostosa de um bom show de rock selvagem. A história de como ao querer ajudá-los vocês me ajudaram. A história de como vocês lerão sobre esse renascimento enquanto vocês próprios já renasceram. A história de como eu soube que conseguiria porque sabia que vocês conseguiriam também.
  Hoje eu só queria agradecer e saber que dias melhores viriam para mim e para vocês.

                                                                                   
                                                                                           Beijo, G.

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