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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nem sempre começa com 'era uma vez'.

Era uma vez uma princesa em uma torre... Toda vez que tentavam escalar a torre algo dava errado e ninguém nunca chegavam ao topo. Mas o problema é o que as tentativas causavam, enfraqueciam a torre e deixavam a princesa com esperanças à toa. Então ela decidiu que não ia esperar mais coisíssima nenhuma o tal do príncipe, que ele deveria ter algum probleminha por ser tão lento e ineficiente. Ela daria um jeito de descer da torre por si própria, pegaria sua coroa e comandaria seu reino. E foi isso que ela fez, conseguiu com bastante esforço e usando seus cabelos, o que nenhum príncipe conseguiu: desceu da torre. De salto e tudo.
O mundo fora da torre era bem diferente, não tinha mais como ficar protegida fora daquelas grades, mas ela aprendeu a proteger-se por conta própria. O começo não foi fácil, mas ela conseguiu. Conheceu todo tipo de seres, magos, feiticeiras, fadas, duendes, bruxos, e até animais falantes. Nem todo ogro e bruxa revelaram-se o que era esperado tendo em vista os seus estereótipos, pelo contrário, foram de grande nobreza e a ajudaram. Nem toda princesa era o que parecia ser, mas ela aprendeu a fazer as máscaras caírem. Percorreu vários reinos, e em cada um foi aprendendo algo. Fez ótimos e fieis amigos, mas também teve sua ingenuidade arrancada por aquilo que preferem esconder, a maldade no meio do sorriso mais belo. Caiu, pensou em desistir, caminhou por reinos escuros, mas não desistiu. Cresceu e aprendeu a ser forte. E lá na parte mais alta do céu havia fadas que cuidavam dos de corações nobres.
“Oh, você quer uma maçã? Oh, Maria por que não aceitar algo tão doce?” Mas nem sempre o que parece doce é, João.
Boatos diziam que a princesa havia chegado. Mas como assim ela não veio com o nobre príncipe que foi escolhido para ser seu marido e senhor? Não, ela veio só, com alguns amigos, na verdade, e alguns deles são estranhos. Ela mesma é, têm mechas roxas! E ela vem de mãos dadas com aquele que era conhecido por ser um simples rapaz, que veio de um lugar sombrio, aquele onde não existe magia e as pessoas matam umas as outras por aquela folha verde. Ela andou por lá e trouxe o tal rapaz com ela!
A princesa governou com aquele que não era o príncipe, com o tempo o reino acabou aceitando e adorando-os. Eles se mostraram mais nobres do que haveriam de achar. Eles comandavam o reino juntos, e apesar da princesa ser mais moderninha do que eram acostumados, ela acabou se mostrando uma ótima governante. Nobre, inteligente, com um bom coração e com um quê de malícia que os mundos a mostraram. O príncipe que veio de uma terra de trevas mostrou com suas experiências que as pessoas não devem brigar por papeis verdes ou por ter inveja uma das outras, e nem fazer joguinhos, imagine só usar pessoas como peças de um tabuleiro de xadrez! Eles formavam um pelo par, o reino era mais colorido com mechas roxas e bruxas sem verrugas. E os ‘felizes para sempre’? Dia sim, dia não, o importante era ficar juntos não só nos felizes, mas nos tristes e de gritaria também. A história nem sempre acaba quando termina, e nem sempre começa quando começou.

                                                               Beijo, G.

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